quarta-feira, 30 de julho de 2014

Um passo atrás

Setor especial Ismênia deixa de ser exclusivo do GNV depois de dois anos
Entre agosto de 2012 e maio de 2014 o local era exclusivo para os sócios Galo na Veia Black. O que deu errado para uma queda tão grande de associados em pouco tempo?
30/07/14 - 02h09
Nesta quinta-feira (31) o Atlético começa a vender os ingressos para o jogo contra o Atlético-PR, que vai ser no domingo (3), no Independência, às 18h30. Depois de dois anos, o torcedor atleticano vai ter a oportunidade de comprar entradas para o setor especial Ismênia, local destinado aos sócios Galo na Veia da modalidade Black. O que deixa claro que algo de errado aconteceu entre agosto de 2012 e agosto de 2014.
A partida contra o Coritiba pelo Brasileirão de 2012 foi a primeira em que o setor ficou exclusivamente para os sócios. O jogo foi disputado no dia 9 de agosto daquele ano e o Galo venceu por 1 a 0, com gol de Réver. Portanto, o duelo anterior, contra o Santos, dia 23 de julho de 2012, tinha sido o último com venda avulsa para o portão 2, já que o Atlético ainda não tinha 5.400 sócios.
Entre agosto de 2012 e maio de 2014, o clube contou com mais de 5 mil fanáticos pagando R$ 200 por mês. Embora a quantia seja considerado uma merreca pelo presidente Alexandre Kalil, o valor bruto arrecado durante esse período foi superior a R$ 22 milhões. Nem mesmo o título da Libertadores, em julho de 2013, foi capaz de manter o sucesso do plano no ano seguinte.
Além da queda de produção da equipe, os sócios reclamaram do reajuste na hora da renovação e também da falta de relacionamento. O último problema foi na final da Recopa, quando os sócios foram colocados literalmente de lado pelo clube. Para um programa que chegou a ter fila de espera, procura em jornal (veja a foto abaixo) e sócio “vendendo” o cartão com reajuste, algo de errado foi feito e precisa ser corrigido. Certamente não foi a torcida que largou o clube.
Perto do fim?
Logo depois do título da Recopa, o presidente Alexandre Kalil foi questionado sobre a reclamação dos sócios GNV Black, que ficaram no antigo “chiqueirinho”do Mineirão, local que era destinado aos torcedores do América. Além de desmerecer o esforço feito para cada torcedor, que pagou uma cota anual acima de R$ 2,7 mil, o mandatário alvinegro chegou a declarar que pode acabar com o plano.
Curiosamente, mesmo sem contar com a capacidade máxima, estipulada em 5.400 por conta do número de cadeiras no setor especial Ismênia, no Independência, o Atlético não estava aceitando novos sócios na modalidade Black. Pelo menos até na semana passada. No dia 21 de julho o Blog Entrelistras entrou em contato com a central de atendimento. A resposta sobre novas adesões foi a seguinte: “No momento não há vagas disponíveis para a adesão do Plano Preto, mas há uma fila de espera. Caso tenha interesse, ligue para a nossa Central de Atendimento 031 3243-0997 ou 3243-0999 e deixe seu nome”.
Recorde negativo
A partida anterior do Atlético no Campeonato Brasileiro, contra o Bahia, foi o que menor número de sócios GNV Black no estádio. De acordo com o borderô da partida foram usados apenas 1.160 cartões. Até então, a menor participação tinha sido logo na primeira partida desde implantação do programa. Em maio de 2012 o Galo venceu o Corinthians por 1 a 0, com gol de Danilinho, em jogo que teve a presença de 1.312 sócios.
Recorde estabelecido em jogos disputados em Belo Horizonte. Desde 2012 o Galo teve de mandar quatro partidas fora da capital. Em 2013 venceu o Grêmio por 2 a 0, gols de Ronaldinho, mas com 1.346 sócios na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Já em 2014 foram mais três jogos. Em Uberlândia, contra o Corinthians, o borderô não especifica quantos cartões GNV foram usados. E em dois jogos no Ipatingão, diante de Criciúma e Fluminense, foram 98 e 77 sócios, respectivamente.

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