domingo, 7 de agosto de 2011

Trocar de técnico não significa evolução de rendimento no Brasileiro

Thiago de Castro - Superesportes
Publicação:02/08/2011 18:04
O América chegou, na segunda-feira, à sua segunda troca de treinador durante o Campeonato Brasileiro, com a chegada de Givanildo Oliveira depois da saída de Antônio Lopes, que sucedera Mauro Fernandes. No Atlético, parte da torcida é a favor da queda de Dorival Júnior, que não consegue levar o time para a parte de cima da classificação. Contudo, o histórico desta edição da competição mostra que mexer no comando técnico não é, necessariamente, garantia de melhora na campanha. Oito equipes já seguiram esse caminho e somente três colheram resultados imediatos com as trocas
Os dirigentes das duas equipes mineiras vivem o dilema das trocas e da insistência na continuidade, e os times seguem mal no Nacional. Já o terceiro lado do futebol local é a exceção à regra do Brasileiro'2011. Dos oito clubes que já mudaram o comando, o Cruzeiro é o único que apresentou uma melhora imediata.
Se Cuca teve apenas 20% de aproveitamento em cinco jogos, Joel Santana consegue 62,5%em oito partidas. A Raposa saiu da 18ª colocação e está em nono lugar. Entretanto, apesar de ser o exemplo positivo de troca, Joel ainda demonstra ter um futuro incerto no time celeste, a julgar pelas recentes derrotas. O grupo ainda não assimilou seu sistema de jogo, conforme declaração do meia Roger depois da derrota para o Botafogo por 1 a 0.
Outras duas equipes também cresceram de produção com a troca. Mas a melhora no aproveitamento não chegou a alterar o patamar de Avaí e Atlético-PR na classificação. Os catarinenses saíram de 0% de produção com Silas para 33% com Gallo. O Furacão ganhou 5,6% dos pontos com Adílson Batista e agora contabiliza 46,6%com Renato Gaúcho. Mas ainda terá trabalho para sair da parte de baixo da tabela.
Três times, por sua vez, não confirmaram a tese de que mudar de técnico dá uma injeção de ânimo nos jogadores a curto prazo: São Paulo, com Adílson Batista; Grêmio, com Julinho Camargo; e América, com Antônio Lopes. No caso do Coelho, após quatro partidas, já há nova alteração.
Internacional e Atlético-GO, que demitiram Falcão e Paulo César Gusmão, respectivamente, continuam com treinadores interinos.
Troca nem sempre por demissão
Outra tese que não se confirma no atual Brasileiro é a de que as diretorias têm pouca paciência e são adeptas da política de troca rápida de treinadores. Em quatro oportunidades, foi o técnico que pediu para sair, em vez de ser demitido. Foi assim com Cuca no Cruzeiro, Renato Gaúcho no Grêmio, Adílson Batista no Atlético-PR e Antônio Lopes no América

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