Os desafios de Cuca no comando do Atlético-MG

Treinador já começou a detectar os principais problemas que fazem com que o Galo faça péssima campanha no Brasileiro
Felipe Ribeiro
Publicada em 16/08/2011 às 09:00
Belo Horizonte (MG)
Com menos de dez dias no comando técnico do Atlético, Cuca já percebeu que terá um árduo trabalho pela frente. Bastaram dois treinamentos efetivos e duas partidas, além de uma conversa com seu antecessor, Dorival Júnior, para ver que a situação é complicada e que algumas atitudes precisarão ser tomadas com urgência.
O novo comandante alvinegro já diagnosticou falta de qualidade em alguns setores do elenco, necessidade de realizar contratações para reforçar o grupo, ausência de comprometimento por parte de alguns jogadores e problemas que envolvem o lado emocional e travam a equipe dentro das partidas. A missão, apesar de não ser impossível, parece ser bastante ingrata.
– Teremos muito trabalho, mas se as coisas estivessem normais, não teria sido contratado. A solução tem de existir. Vamos nos reunir com a diretoria, com o Maluf, com o presidente e fazer uma avaliação sobre o grupo. Se tiver de trocar cinco, seis, sete, oito jogadores, vamos trocar – comentou Cuca.
Aliás, o quadro que está sendo desenhado é exatamente o mesmo do ano passado, quando Vanderlei Luxemburgo não conseguiu fazer o time jogar e Dorival Júnior precisou assumir para livrar o Galo do rebaixamento. Porém, existe uma diferença importante, desfavorável à temporada 2011, quando se comparam os materiais humanos.
No ano passado, o time tinha Diego Tardelli e Obina, que estavam sempre marcando gols em momentos fundamentais e Diego Souza, que mesmo sem estar nas melhores condições era uma referência capaz de decidir jogos. A equipe atual mostra-se mais frágil e sem tantos talentos para definir jogos
Por conta disso, Cuca vai pedir reforços para a diretoria. O problema é que já na metade do mês de agosto, com a janela de transferências internacionais fechada e os destaques do mercado interno já tendo feito setes jogos pelos seus clubes, a tarefa fica complicada.
– Vejo possibilidades no mercado. Dentro disso, se tiver como encaixar, vamos fazer. É inegável que temos carências, mas não vamos expor o elenco agora – disse Cuca.