quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vota-se ou não novo estatuto? (02/10)

Estado de Minas

A quinta-feira promete ser quente na política do Atlético. A partir das 17h, em primeira convocação, ou das 18h, em segunda convocação, o Conselho Deliberativo terá reunião extraordinária para votar o novo estatuto do clube, o que por si só já geraria polêmica. Alia-se a isso o momento político-administrativo delicado pelo qual o clube passa, depois da renúncia do presidente Ziza Valadares, há 14 dias. O órgão máximo do clube chega para o importante encontro dividido. Uma das alas defende que seja aprovada nova carta para reger o Galo e propõe, entre outras coisas, a diminuição de quatro vice-presidentes para apenas um e a criação de uma comissão para analisar a negociação de atletas. Já uma outra considera que o novo estatuto não pode nem mesmo ser votado, alegando que esse tipo de decisão é de competência da assembléia-geral, conforme rege o Código Civil. O presidente do Conselho Deliberativo, João Baptista Ardizoni, diverge dessa segunda opinião. Segundo ele, o artigo 217 da Constituição Federal e a própria lei nº 9.615, conhecida como Lei Pelé, permitem que as instituições desportivas se organizem como melhor lhes convier. “Foi baseado nisso que convocamos a reunião do Conselho, que é soberano, como já entenderam até no Tribunal de Justiça de São Paulo”, argumentou o dirigente. Aprovado ou não o novo estatuto, até segunda-feira ele promete convocar eleições para definir o sucessor de Ziza Valadares. O problema é que até aí há divergências. Alguns conselheiros entendem que, qualquer que seja o resultado da reunião de hoje, a próxima diretoria ficará no clube por três anos. Já outros defendem que, se o pleito for realizado sob o estatuto atual, os próximos mandatários do Galo vão ficar à frente do clube apenas até o fim do ano que vem, cumprindo mandato-tampão. Para completar, torcedores prometem comparecer à sede. Alguns querem a dissolução do Conselho Deliberativo e que os sócios-torcedores passem a existir, tendo direito a eleger o presidente.

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