domingo, 6 de julho de 2008

Empate frustra planos do Galo para seqüência (06/07


Time alvinegro ficou no 1 a 1 com o Palmeiras, neste domingo, no Mineirão
Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press
Galo foi melhor no 1º tempo, mas permitiu o empate ao Palmeiras. Renan perdeu um pênalti
Ficou no quase. Por muito pouco o Atlético não abriu de forma positiva a dura seqüência de clássicos que fará no Mineirão pelo Brasileiro, em apenas uma semana. O Galo poderia ter saído de campo com uma vitória importante, mas teve que se contentar com o empate por 1 a 1 diante do Palmeiras, neste domingo. Eduardo fez 1 a 0, no começo da partida, mas Diego Souza empatou em bela cobrança de falta, a nove minutos para o fim.
O resultado atrapalhou os planos do Galo de somar nove pontos nos três jogos consecutivos no Mineirão. Com 11 pontos, o alvinegro se vê na obrigação de conquistar resultados positivos nos clássicos contra Flamengo, quarta-feira que vem, e Cruzeiro, no dia 13. O empate pode ser considerado um golpe duro para os atleticanos, principalmente pelo começo de partida da equipe, que fez 1 a 0 e poderia ter até ampliado. O Palmeiras, por sua vez, com 17 pontos, se manteve na briga pelas primeiras posições.Veja a galeria de imagens da partida
O jogo
Sem o armador Petkovic, com desconforto muscular, o técnico Alexandre Gallo mandou a campo um time com surpresas. O lateral-direito Mariano, que veio do Ipatinga, começou como titular, o mesmo ocorrendo com o atacante boliviano Castillo, formando dupla com Eduardo. Além da mexida na formação, o time mudou também a postura. O Galo deixou de lado a apatia dos jogos anteriores e teve um início de tirar o fôlego.
Em 11min, foram três chances de gol, todas nascidas de jogadas trabalhadas, o que não se viu nas últimas partidas, quando o time dependeu das cobranças de faltas e escanteios para ameaçar os adversários. Na primeira oportunidade, aos 4, Eduardo cabeceou para defesa de Marcos. Na seqüência, Danilinho chutou, o goleiro espalmou e Castillo, com a meta livre, furou.
A pressão atleticana era tão grande que o Palmeiras não conseguia passar o meio-campo. Aos 11, finalmente o Galo abriu o placar. Danilinho cobrou escanteio pela direita, Eduardo cabeceou no canto direito de Marcos, sem chance para o goleiro. O gol fez justiça à boa atuação do alvinegro, que foi obrigado a mexer aos 26. O zagueiro Vinícius foi atingido por Alex Mineiro em disputa de bola e, com corte profundo na cabeça, deixou o campo para a entrada de Welton.
A partir daí o jogo mudou. O Atlético diminuiu o ritmo, já não ameaçava como antes e o Palmeiras aproveitou para buscar o empate. Porém, com muitos desfalques, o alviverde não tinha força ofensiva. Alex Mineiro estava isolado, já que o jovem Lenny era pouco efetivo. Do lado atleticano, as jogadas pelos lados saíam com facilidade, principalmente pelos deslocamentos constantes do estreante Mariano.
Aos 33, um lance que poderia ter dado mais tranqüilidade para o time alvinegro. Na tentativa de cortar cruzamento de Renan pela esquerda, Jéfferson esticou demais a perna e acertou o atacante Eduardo na área. O pênalti foi marcado, mas Renan desperdiçou a cobrança. Em vez de chutar forte, sua principal característica, ele optou por bater colocado e facilitou para Marcos defender.
Um dos poucos lances de perigo contra o gol do Atlético foi já no fim do primeiro tempo. Diego Souza chutou de longe e Edson se atrapalhou, mas conseguiu defender em dois tempos. Na seqüência, Castillo - mesmo concluindo mal - obrigou Marcos a boa defesa. Foi a última jogada interessante do primeiro tempo, que terminou com a torcida do Galo empolgada pela vantagem.
Falta crucial
Na etapa final, o Palmeiras voltou disposto a dar trabalho, até mesmo para apagar a má impressão deixada no primeiro tempo. Mas o Atlético ameçava nos contra-ataques. Aos 9, Eduardo recebeu cruzamento de Renan e chutou para defesa de Marcos. O atacante, aliás, era uma das melhores figuras do lado alvinegro, incomodando a defesa paulista. Do outro lado, o técnico Vanderlei Luxemburgo trocou Leo Lima por Denílson.
Eduardo deixou o campo para a entrada do também estreante Rafael Aguiar, promovido dos juniores. O objetivo era ter um reforço no meio, procurando criar as jogadas. E, ao mesmo tempo, congestionar o setor para dificultar as ações do Palmeiras. Mas os paulistas começaram a incomodar mais. Para complicar, César Prates foi expulso depois de receber o segundo cartão amarelo e, depois o vermelho, por chutar a bola para longe após marcação da arbitragem. O lateral deixou o campo indignado, alegando que não ouvira o apito.
Reclamações dos atleticanos à parte, o lance seguinte resultou no gol do Palmeiras. Aos 36min, Diego Souza cobrou falta com extrema perfeição, no ângulo esquerdo de Edson, empatando o jogo e desanimando a torcida e os próprios jogadores alvinegros. O Atlético até tentou chegar ao segundo gol, mas não conseguiu penetrar na defesa paulista. O resultado foi lamentado pelos alvinegros, que deixaram o campo vaiados pelos torcedores.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO
1 x 1
PALMEIRAS
Escalação
Edson; Mariano, Marcos, Vinícius (Welton) e César Prates; Serginho, Márcio Araújo, Renan e Danilinho; Eduardo (Rafael Aguiar) e Castillo (Elton)
Marcos; Fabinho Capixaba, Maurício, Gladstone e Jéfferson; Pierre, Martinez (Jorge Preá), Léo Lima (Denílson) e Diego Souza; Lenny (Evandro) e Alex Mineiro
Técnico
Alexandre Gallo
Vanderlei Luxemburgo
Gols
Eduardo, 11min, 1ºT
Diego Souza, 36min, 2ºT
Local: Estádio Mineirão, em BH
Público: 31.570 pagantes
Renda: R$ 302.186 Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)Assistentes: Newton Otaviano dos Santos (RN) e Claudemir Maffessoni (SC)Motivo: Nona rodada do Campeonato Brasileiro

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