segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Fim de tabu? É com ele mesmo


Mais de um ano após a Libertadores, alvinegro faz a festa por outro feito inédito
postado em 27/11/2014 10:00 / atualizado em 27/11/2014 08:48
Roger Dias /Estado de Minas
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Mais um título conquistado, mais um tabu quebrado. Nos últimos anos, o torcedor do Atlético se acostumou a ver a equipe derrubar escritas. A conquista da Copa do Brasil foi a que ainda faltava à galeria de troféus nacionais, algo que causava incômodo aos alvinegros nas últimas duas décadas. E, de certa forma, deixa o alvinegro emparelhado aos rivais em todo o país que também venceram o Brasileiro e a Libertadores.
Com o maior número de participações (24) na competição nacional, ficando de fora apenas em 1993, a equipe já havia superado fracassos em fases anteriores e se classificado pela primeira vez à decisão, contra o Cruzeiro. Agora, sagrou-se a 15ª campeã diferente, igualando o feito de outros grandes do futebol nacional, como Santos, Vasco, Internacional e Fluminense, que também conquistaram um troféu. Cruzeiro e Grêmio ainda estão à frente no número de títulos, com quatro, com Corinthians e Flamengo tendo três e Palmeiras dois.
A grande campanha do Atlético este ano derrubou o histórico negativo nas edições anteriores. O Galo só havia chegado às semifinais em 2000 e 2002, sua melhor campanha até então. Na primeira vez, caiu para o São Paulo, que perderia o título para o Cruzeiro. Na segunda, o algoz foi o Brasiliense, sensação daquele ano, que seria vice-campeão – batido pelo Corinthians. Houve também fracassos em 1999, 2004 e 2011, quando foi eliminado precocemente na segunda fase.
Em 2007, o Galo foi desclassificado com ajuda da arbitragem do gaúcho Carlos Eugênio Simon. Na derrota para o Botafogo (comandado por Cuca) por 2 a 1, no Maracanã, pelas quartas de final, ele não marcou pênalti do zagueiro Alex Bruno em Tchô nos minutos finais – se tivessem empatado, os mineiros avançariam, já que houve empate sem gols no Mineirão. O episódio causou muita reclamação por parte dos dirigentes alvinegros. Dias antes, Levir Culpi havia deixado o Galo, depois de faturar o Campeonato Mineiro, seduzido por proposta milionária do Japão.
O técnico, de novo à frente da equipe, entende que o grupo se fortaleceu justamente porque se uniu no momento decisivo: "Gosto quando há o entendimento, que o grupo saia fortalecido, atingindo os resultados positivos. Comprometimento é a palavra chave, e para isso não é preciso ser disciplinador, mas um orientador. Os jogadores já entram motivados em jogos decisivos. Somos humanos e movidos pela emoção, pela motivação, e isso ocorre naturalmente em grandes jogos. Todos sonham em vencer e ganhar títulos".
ARTILHARIA Embora só tenha conquistado o primeiro título este ano, o alvinegro tem identificação com a Copa do Brasil. O time aplicou a maior goleada na história da competição: 11 a 0 sobre o Caiçara-PI, em 1991, no Independência, com quatro gols de Gérson, que se tornaria artilheiro da competição, com seis. O mesmo jogador havia sido o goleador da edição de 1989, com sete.

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