segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

29/11/2014 16h00 - Atualizado em 29/11/2014 16h53

Líder sem faixa em campo e estilo sereno fora dele: as faces de Victor
Enquanto dentro de campo goleiro alvinegro dá bronca, gesticula e orienta jogadores, fora dele adota jeito sereno e tranquilo. E admite que ainda sonha com a Seleção
Por Rafael Araújo
Belo Horizonte
O bicampeonato da Libertadores não veio para o Atlético-MG, mas o ano foi encerrado com chave de ouro. Depois de um primeiro semestre ruim, o time cresceu sob o comando de Levir Culpi, faturou a Recopa Sul-Americana e terminou o ano com o título inédito da Copa do Brasil, justamente contra o maior rival. Um dos responsáveis por mais uma temporada vitoriosa é Victor. A tranquilidade e serenidade evidentes fora de campo não são percebidas quando ele está debaixo das traves. O "santo" se transforma. Vira comandante da defesa, que passou incólume nos confrontos decisivos com o rival Cruzeiro. Broncas, gritos e orientações fazem parte do repertório do goleiro alvinegro.
Em todos os lances em que tem a oportunidade de orientar, Victor chama um companheiro, explica situações ou esbraveja quando necessário. No descanso, prefere o estilo tranquilo, junto com a esposa e filhos.
- Dentro de campo a gente quer ganhar, quer o melhor para a equipe. Sou muito competitivo. Não que eu goste da vitória a qualquer custo, porque acho que tem que ter merecimento na vitória, mas a gente procura orientar e cobrar de maneira que a equipe possa fazer seu melhor dentro de campo. Mas fora de campo eu sou muito tranquilo, muito reservado. Mas também comemorei essa conquista como todo torcedor atleticano.
Após passar por momentos de estresse em jogos pelo Atlético-MG na Copa do Brasil, que não sairão tão cedo da memória do torcedor, Victor só deseja aproveitar seu outro lado: a tranquilidade.
A liderança é independente de você ter uma faixa no braço ou não, ela tem que ser exercida"
Victor
- É um momento de aproveitar um pouco. A gente luta tanto para ter conquistas e tem que aproveitar, fazer um balanço de 2014, que foi um bom ano, com duas conquistas, uma boa campanha no Brasileiro. A partir do ano que vem, a gente pensa nisso.
Apesar de ser um dos líderes em campo e ter autonomia de orientar os companheiros, Victor nunca foi capitão no Atlético-MG. Réver é o dono oficial da faixa. Fora de ação por lesões, passou o posto para Léo Silva. Presente em 58 dos 70 jogos feito pelo time alvinegro na temporada, o goleiro não mostra preocupação sobre o assunto.
- A liderança independe de você ter uma faixa no braço ou não, ela tem que ser exercida. Talvez seja a metodologia do Levir de não querer colocar um goleiro como capitão de equipe. Já trabalhei com treinadores que achavam um pouco de exposição. Não é algo que eu me cobre, que me incomode. Estou dentro do elenco para fazer meu melhor e alcançar sempre o objetivo, que são as conquistas e as vitórias.
eleção:desejo para 2015
Com títulos e boas atuações, o goleiro tem um grande desejo para a temporada 2015: voltar a vestir a camisa da Seleção. O camisa 1 almeja estar no elenco que vai disputar a Copa América 2015, no Chile.
- Nunca escondi de ninguém que a Seleção ainda é uma meta e um objetivo de carreira que eu tenho. Vou continuar trabalhando para isso. Ano que vem é um ano de Copa América e gostaria de fazer parte desse elenco.

Nenhum comentário: