domingo, 28 de dezembro de 2014

25/11/2014 22h31 - Atualizado em 25/11/2014 22h33


Kalil antecipa adeus e indica Caixa como possível patrocinador do Galo

Mandatário alvinegro deixa o clube na próxima semana e vê como tarefa do próximo presidente arrumar um novo patrocínio master
Por Fernando Martins Y Miguel
Alexandre Kalil tem apenas mais uma semana como presidente do Atlético-MG. A partir do próximo dia 3, o cargo de mandatário do clube passará a ser de Daniel Nepomuceno, atual vice-presidente e candidato único na eleição do mesmo dia. Após o pleito na próxima quarta-feira, Daniel Nepomuceno tomará posse e já iniciará o processo de presidência dos próximos três anos que terá a frente do Galo. A ideia partiu do próprio Kalil.
Na reunião do Conselho Deliberativo, realizada na noite desta terça-feira, ficou definida a mudança do dia da posse do novo presidente e a aprovação do novo orçamento do clube para a próxima temporada.
- Foi votado e aprovado por unanimidade. Foi também modificada a data da eleição e a posse. Dia 3. Aprovada a votação e a posse do dia 3. Até para não cair naquela estupidez de o presidente assumir em janeiro depois do fechamento de janela, não pode reformar contrato, não pode fazer nada. Então evitamos isso. O presidente do Atlético-MG senta na cadeira no dia 3 de dezembro – revelou Alexandre Kalil à rádio Band News.
Sem o banco BMG como patrocinador master na próxima temporada, o clube já trabalha para conseguir um novo parceiro e a Caixa surge como possível investidor. Perguntado se a saída do BMG o preocupava, Kalil mandou recado ao sucessor.
- Tem que preocupar o próximo presidente. Ser presidente do Atlético-MG é muito duro. Então ele deve começar a correr atrás e rápido.
Após se esquivar, Alexandre Kalil saiu em defesa dos clubes que não são patrocinados pelo banco nacional.
- Eu acho que está na hora de a Caixa Econômica Federal pegar o dinheiro do contribuinte e distribuir no futebol. Não é entregar o dinheiro que meia dúzia de diretor da Caixa acha que tem que entregar, como Flamengo, Corinthians. O dinheiro é meu, é seu, de todo mundo. A Caixa é do povo. Acho que nós temos que ir lá conversar sobre a Caixa.
Tem que preocupar o próximo presidente. Ser presidente do Atlético-MG é muito duro. Então ele deve começar a correr atrás e rápido.
A final também foi assunto para Alexandre Kalil. O mandatário poderá fechar a administração de oito anos com mais um título inédito além da Libertadores do ano passado. Mas o presidente acredita que, campeão ou não, já está no coração do torcedor do Galo.
- Acho que é um jogo que fecha a minha administração, mas que não muda minha administração. Acho que é um caminho sem volta. Se for campeão, ótimo. Acho que serei um presidente que a torcida terá um pouco de Kalil no coração. Se perder, creio que também a torcida terá um pouco do Kalil no coração.
Orçamento curto
A redução de R$ 20 milhões no orçamento para o futebol em 2015 foi aprovada, mas não preocupa Alexandre Kalil, que acredita ser um caminho sem volta nas finanças de todos os clubes daqui para frente.
- Isso é orçamento. Pode explodir, pode dar menos. Sempre erramos muito pouco. Mas a bolha do futebol explodiu e nós não vamos ter valores extraordinários no futebol.

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