segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

28/11/2014 10h00 - Atualizado em 28/11/2014 10h00


Donizete cita catimba e se orgulha

de expulsão tardia: "Sou malandro"

Volante atleticano diz que fama de não relaxar em clássicos faz com que adversários o provoquem na tentativa de um revide e uma expulsão
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Expulso na final da Copa do Brasil, Leandro Donizete nem se importou com o cartão vermelho, recebido aos 39 minutos do segundo tempo. Afinal, o título já estava garantido naquela altura da partida, quando se envolveu em ríspida dividida com Dagoberto. Conhecido por declarações fortes, o volante atleticano foi direto ao comentar sobre a expulsão.
- Ele (Dagoberto) tinha me dado uma cotovelada, acabei pegando-o depois, mas fica aqui dentro. Faz parte. Ele me deu uma chegada, dei uma nele, mas clássico é isso mesmo, rivalidade, briga. Mas fica só dentro de campo, não tenho nada contra ninguém.
Leandro Donizete se tornou o símbolo da raça do Galo diante do Cruzeiro na temporada. Nos sete clássicos disputados, o time alvinegro venceu quatro e empatou três. E isso se deu muito por conta das boas partidas do volante atleticano, que não mede esforços quando o assunto é ganhar divididas.
- Eu me preparo de forma diferente para o clássico. É um jogo de provocação, um chutando o outro. Não pode cair na deles, mas eu caí no final. Mas ali podia porque já estava acabando e o resultado já estava garantido. Mas é isso aí, não pode relaxar nunca.
O jogador sabe que é caçado em campo desde que se tornou o leão de chácara do meio-campo do Atlético-MG nos clássicos. Segundo ele, os jogadores do Cruzeiro entraram na decisão com o pensamento de tirá-lo do jogo, uma vez que as entradas duras podem ser ainda mais fortes por conta de provocações e revides.
- Começou o jogo, e o Marcelo Moreno me chutou por trás. Depois, um me derrubou e pisou em mim. Eles me provocaram achando que eu iria desconcentrar, mas tenho 32 anos, sou malandro. Não caio nessa. Uma hora ou outra a gente senta o "reio" para eles verem que não é assim. Estou feliz demais pela vitória.
Amigo
Vice-campeão da Copa do Brasil com Marcelo Oliveira no Coritiba, em 2011, Donizete prometeu ligar para o treinador do Cruzeiro no dia seguinte à decisão. Campeão pela primeira vez, o jogador vai consolar o amigo, que agora contabiliza três vice-campeonatos da competição.
- Vou ligar para ele e dizer: "Essa era minha. Não tinha como." Mas o professor está muito bem, porque ganhou o Brasileiro. Deixa a Copa do Brasil para nós.

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