segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

30/11/2014 15h06 - Atualizado em 30/11/2014 15h10


Bom ambiente e Levir: motivos para

a rápida adaptação de Rafael Carioca

Em três meses vestindo a camisa do Atlético-MG, volante acredita ter vivido os seus melhores momentos na carreira. No Galo por empréstimo, jogador quer permanecer
Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
Foram necessários apenas dois dias de treinamento para o volante Rafael Carioca mostrar serviço ao técnico Levir Culpi e estrear pelo Atlético-MG no empate em 2 a 2 com o Figueirense, em Florianópolis, pelo Campeonato Brasileiro, em agosto. O fato poderia ter desencadeado ciúmes dos jogadores que concorriam à vaga e que já estavam no clube, mas a recepção do time atleticano com o jogador que retornava ao Brasil, após quatro temporadas na Rússia foi o fator decisivo para cair nas graças da torcida e ser considerado peça fundamental no meio-campo do Galo.
Com passagens por Grêmio, Vasco e Spartak Moscou-RUS, Rafael confessou que em pouco mais de três meses viveu tudo o que nunca tinha passado na carreira em sete anos como profissional.
- A convivência desse grupo do Atlético-MG é algo fantástico. Todo mundo é amigo, se diverte e isso facilita o nosso trabalho. Tem coisas que vivi em três meses que eu nunca tinha vivido na carreira, como o meu primeiro jogo. Treinei duas vezes e já fui titular no domingo. Percebi um respeito muito grande de todo grupo. Isso poderia gerar alguma situação ruim com quem já estava aqui, mas o que aconteceu foi o contrário. Todos me recepcionaram da melhor maneira. Isso me deixou muito tranquilo para a minha adaptação.
Levir é um cara do bem. Tem muita confiança dos jogadores. É bem transparente. Quando tem que falar, fala mesmo
Rafael Carioca
Outro fator para a rápida adaptação de Rafael Carioca foi a relação com o técnico Levir Culpi. Além da confiança em colocá-lo para jogar com poucos dias após a chegada ao clube, o fim da concentração e o bom humor do treinador ganharam o grupo e o volante.
- Levir é um cara do bem. Tem muita confiança dos jogadores. É bem transparente. Quando tem que falar, fala mesmo. Conseguiu ganhar o grupo. O fim das concentrações em Belo Horizonte foi prova disso. Ele passa tranquilidade, além de ser muito engraçado. Tudo que ele fala é engraçado. A gente já entra na sala rindo. Começa um assunto e depois muda de uma hora para outra para outro assunto que não tem nada a ver.
Rafael Carioca conquistou a Copa do Brasil sendo titular na grande final. Perdeu lugar na equipe por conta de uma lesão muscular semelhante à que Ronaldinho Gaúcho teve em agosto do ano passado. A ruptura no músculo da coxa esquerda fez o jogador viver os piores momentos no clube.
- Fiquei triste pela lesão porque vinha no meu melhor momento. Fiquei com muito medo de não poder voltar a jogar esse ano, mas conversando com os médicos e fisioterapeutas, fiquei tranquilo. Fiz tratamento intensivo e pude voltar a tempo de jogar a decisão.
Parceria
Rafael Carioca exaltou a parceria com Leandro Donizete em campo. Nas quatro partidas que fizeram juntos, o Atlético-MG venceu todas e não sofreu gol. Venceu o Palmeiras duas vezes por 2 a 0, sendo uma pela Copa do Brasil e uma pelo Brasileiro, o Flamengo, por 4 a 0 e o Cruzeiro por 1 a 0.
- A gente se completa. Ele tem uma pegada mais forte, mas sabe sair jogando também. Eu consigo sair mais para o jogo. Hoje, o futebol moderno não existe só aquele volante de antigamente. O Atlético-MG tem ótimos volantes.
Com contrato de empréstimo até agosto do ano que vem, Rafael Carioca torce para que o Atlético-MG exerça o poder de compra dos direitos econômicos ao final do vínculo.
- Me identifiquei demais com o clube, com a torcida. Ano que vem tem Libertadores e queremos vencer todas as competições que disputarmos. Por isso, quero ficar aqui por muito tempo. Tenho muito a mostrar ainda, a ajudar ao Atlético-MG.

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