sexta-feira, 5 de setembro de 2014
IMPASSE
Relutante, Cruzeiro não paga despesas do Mineirão há um ano
Diretoria celeste alega mesmos direitos do Atlético; isento na final da Libertadores, Galo pagou para jogar na Recopa e pagará contra o Corinthians
Cruzeiro já fez 35 partidas no Mineirão desde que parou de arcar com parte das despesas
PUBLICADO EM 05/09/14 - 16h55
THIAGO NOGUEIRA
@SUPER_FC
A Minas Arena confirmou nesta sexta-feira que há um ano o Cruzeiro não paga sua parte nas despesas operacionais do Mineirão. Desde que o Atlético utilizou o estádio na final da ×Libertadores de 2013 sem ter que bancar os custos – por intervenção do ×Estado, que tem a prerrogativa de exigir a não cobrança em datas consideradas especiais –, a diretoria do ×Cruzeiro entende que tem os mesmos direitos.
Conforme reza o contrato entre Minas Arena e Cruzeiro, 70% das despesas referentes à operação de bares, segurança, energia elétrica, dentre outros custos, são de responsabilidade do clube, e os outros 30%, da empresa. Já os setores de bilheteria e catracas são operados exclusivamente pelo Cruzeiro.
Já são 35 partidas de impasse. As despesas de cada partida dependem da capacidade de público de cada jogo. O valor total da dívida, no entanto, não foi revelado pela Minas Arena. “Temos um ótimo relacionamento com o Cruzeiro. Existe essa pendência financeira, mas estamos tratando isso internamente. Não está prejudicando em nada o ambiente”, explica ×Severiano Braga, gerente de operações da Minas Arena.
Depois da decisão da Libertadores, o Atlético fez apenas um jogo como mandante no Mineirão. Foi contra o Lanús, na final da ×Recopa deste ano. Segundo a Minas Arena, no acordo para a partida, o alvinegro teve que pagar parte da despesa, assim como vai acontecer no jogo contra o Corinthians, pela ×Copa do Brasil, que o Galo decidiu mandar no estádio, no dia 15 de outubro.
"O Atlético vai jogar aqui contra o Corinthians. Nós já acertamos. Existem negócios, é um negócio. O Atlético vai pagar um valor, mas isso é interno, é entre as empresas. Na Recopa ele veio, jogou, fizemos o nosso documento e houve o pagamento de despesas. A Libertadores foi uma tratativa diferente. O governo passou um ofício para a gente. Foi uma data especial para o futebol mineiro. O governo disse que para qualquer time faria a mesma tratativa", ressaltou Braga.
Embora acompanhe a situação, o governo do Estado não dá palpites na relação entre clubes e empresa. “Eles têm um contrato, do qual o Estado não participa. Não há nenhum prejuízo para o Estado. Aquele jogo da final da ×Libertadores foi uma data do governo, da mesma forma que o Cruzeiro teve uma data, naquele mesmo ano”, explicou o secretário de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda.
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