segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Árbitro do clássico relata bombas das duas torcidas e Kalil ataca Minas Arena


Marcelo de Lima Henrique relatou que organizadas de Atlético-MG e Cruzeiro arremessaram bombas dentro do Mineirão, contrariando versão da Minas Arena, de que só a torcida atleticana teria usado os artefatos
LANCEPRESS! - 22/09/2014 - 11:09 Belo Horizonte (MG)
Uma vez já punidos pelo STJD por conta do comportamento de seus torcedores, Atlético-MG e Cruzeiro correm risco, mais uma vez, de serem punidos pelo tribunal. As bombas arremessadas no primeiro tempo de jogo e os outros acontecimentos no clássico do último domingo foram relatados pelo árbitro da partida, Marcelo de Lima Henrique.
- Interrompi a partida aos 41 minutos do primeiro tempo, após ouvir estouros de artefatos explosivos que vinham da divisa das duas torcidas.Solicitei a administração do estádio e ao policiamento encarregado ,que tomassem as devidas providências para o prosseguimento da mesma, avisando no sistema de som e reforçando o policiamento na área de divisão das duas torcidas.Após as medidas, não houve mais nenhum incidente relacionado ao uso de artefatos explosivos, transcorrendo a partida normalmente. Ao final da partida fui informado pelo Sargento PM Bárcaro, comandante do policiamento interno do estádio, que os artefatos explosivos foram lançados pelas torcidas Galoucura, do Clube Atlético Mineiro, e Pavilhão Independente, do Cruzeiro Esporte Clube, uma contra a outra, não sabendo precisar quem iniciou o citado confronto - escreveu o árbitro.
Ao contrário do que disse o árbitro, a Minas Arena, administradora do estádio, relatou que os artefatos partiram somente da torcida atleticana. Em entrevista ao cana ESPN, nesta manhã de segunda-feira, o presidente atleticano Alexandre Kalil atacou o consórcio que cuida do Mineirão.
- O árbitro relatou que as duas torcidas tacaram bombas. Houve bomba pra lá e pra cá. Cabe ao clube não dar ingresso às organizadas, a tomar essa atitude. Mas quem prende bandido é polícia. No futebol o cartola é o demônio, aquele que tem que prender, julgar a organizada. Quem prende é a polícia, tem presidente de organizada do Atlético-MG preso por assassinato. Então quem tem que cuidar da segurança no estádio é o empreiteiro que está enchendo o bolso de dinheiro. Não temos culpa de tudo e não temos que fazer tudo, a polícia é quem tem que prender e colocar na cadeia - falou o presidente, fazendo pouco caso da versão dada pela Minas Arena sobre os acontecimentos dentro do estádio.
- Nota da Minas Arena e papel higiênico é a mesma coisa. Nota de quem não entende não vale nada. Não passa de aproveitadores que deverão passar por CPI rapidinho - acrescentou Kalil.

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