23/09/2014 10h00 - Atualizado em 23/09/2014 10h00
Diego Tardelli lembra fase "bad boy"
e dá conselhos a Carlos após gols
Atacante revela conversa com companheiro de ataque, de 19 anos, autor de dois gols na vitória sobre o Cruzeiro: "A gente sabe que vem a empolgação"
Por SporTV.com São Paulo
Uma das estrelas do Atlético-MG e de volta à seleção brasileira com o retorno de Dunga, o atacante Diego Tardelli é uma referências dentro da equipe do Galo e, mais maduro, aproveita toda a experiência para dar conselhos aos mais jovens. Até mesmo a fase "bad boy" é lembrada pelo jogador, que está com 29 anos e aproveita a própria história para alertar companheiros que começam a se destacar. Foi o que ele fez com Carlos, domingo, quando o garoto de 19 anos fez dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro, como contou no "Bem, Amigos!" (assista ao vídeo).
- Hoje estou orientando. Até o Carlos, estava dando conselho para ele depois do jogo. Acabou de fazer dois gols, então, a gente sabe que vem a empolgação - contou, ao lembrar do início da carreira e revelar que demorou para amadurecer.
Questionado sobre a fase "bad boy", Tardelli admitiu que ficou um pouco deslumbrado com o sucesso repentino quando surgiu no futebol, ainda garoto. O jogador trata o período como uma fase em que tinha um fio desencapado e revelou que o casamento e a família foram fundamentais para que deixasse a fama de "jogador problema" para trás - ele é casado e tem dois filhos, Pietra, de sete anos, e Diego, de três.
- Tive minha fase da adolescência, que foi dos meus 18 anos até os 22, acho que é normal. Eu que vim de família humilde, você sobe do nada, começa a ter as coisas de uma hora para outra, acabei me empolgando, era um fiozinho desencapado como sempre falo. Mas, graças a Deus, tenho uma família, esposa e filhos, antes de tudo penso neles, antes da fazer alguma coisa, e a maturidade. Você vai aprendendo com a vida, as coisas aconteceram muito cedo comigo, deu tempo de reverter - afirmou.
Hoje, Tardelli diz que se diverte ao recordar algumas histórias desta fase, como a primeira vez em que foi afastado, com 18 anos, quando defendia o São Paulo - na ocasião, era treinado por Cuca, com quem trabalhou novamente no Galo. Apesar de ter se envolvido em novas polêmicas, o atacante garante que tudo ficou no passado. O técnico Leão também foi lembrado por ajudar a "colocá-lo na linha".
- A partir de 2005, quando estava no São Paulo, Leão chegou, fui campeão pulista, depois ele me levou para o Atlético-MG. Depois minha carreira virou um sucesso, entrei na linha, foquei, e graças a Deus hoje vivo um dos melhores momentos - completou.