segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um turno com Cuca

Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:09/11/2011 12:46
Reconhecido por boas campanhas em segundos turnos de Campeonato Brasileiro, tendo ajudado o Cruzeiro a chegar em segundo lugar no ano passado e a salvar equipes que pareciam condenadas ao rebaixamento, como Goiás (2003), São Caetano (2005) e Fluminense (2009), o técnico Cuca colhe novamente os frutos este ano, dessa vez à frente do Atlético. O alvinegro pela primeira vez venceu três partidas seguidas e tentará emendar mais uma sábado, contra o Figueirense, em Florianópolis, quando o treinador completará 19 jogos à frente da equipe na competição – também comandou o time em dois outros pela Copa Sul-Americana, perdendo ambas para o Botafogo.
Por coincidência, o último encontro com os catarinenses, em 6 de agosto, pela 15ª rodada, provocou a mudança no comando do Galo, com a demissão de Dorival Júnior depois da derrota por 2 a 1, no Ipatingão. Na ocasião, o Galo ocupava a 15ª posição e havia vencido apenas quatro vezes.
A má fase demorou a passar e a equipe de Lourdes ainda amargou quatro derrotas – além das duas pela Sul-Americana – no primeiro turno, com os primeiros triunfos de Cuca só vindo com o início do returno, contra Atlético-PR e Avaí. Não foi o bastante para iniciar a reação, o que só ocorreu a partir da 29ª rodada, quando venceu o Santos por 2 a 1, em Sete Lagoas. De lá para cá, foram quatro jogos e mais três resultados positivos, que o permitiram deixar a incômoda zona de rebaixamento e subir até o 14º lugar.
Se em termos de colocação na tabela não há tanta diferença, o mesmo não se pode dizer quanto a outros aspectos da equipe. Agora o Galo apresenta padrão de jogo, os torcedores sabem quem são os 11 titulares, os reforços se justificaram, os pratas da casa se firmaram e os medalhões voltaram a jogar bem.
Tudo isso fez melhorar o ambiente na Cidade do Galo, apesar de Cuca ainda estar preocupado coma situação. “Quando chegamos, a curva de desempenho era descendente. Agora, a gente está vivendo momento bom, jogamos cinco partidas contra times grandes e vencemos quatro. (…) Mas não estou `à vontade, ainda tem muito trabalho pela frente, a situação ainda não está tranquila, temos cinco jogos e precisamos ganhar um e empatar outro”, argumenta o treinador, alertando para os jogos difíceis que o Galo terá pela frente – além do Figueirense, que vem de cinco vitórias seguidas, enfrentará Coritiba, Corinthians e Botafogo, antes de encerrar a participação, diante do Cruzeiro.
De qualquer forma, ele considera importante manter o bom ambiente. Tanto que ontem, depois do treino, se divertiu bastante com as histórias e brincadeiras dos jogadores. “Não adianta desesperar, é pior, tem de manter a calma, continuar nadando, se desesperar afunda. Temos hoje mesmo ambiente de quando não estávamos vencendo. Ter esse equilíbrio é importante.”
ESQUEMA Para o jogo de sábado, Cuca não poderá lançar mão de um de seus trunfos, que é a repetição da equipe, pois perdeu o zagueiro Leonardo Silva e o atacante Neto Berola, suspensos. Procurando manter o esquema, ele deverá escalar Werley e Richarlyson, respectivamente, adiantando o armador Bernard para o ataque.
O treinador explica a opção: “Sem o Berola, temos de procurar um jogador de lado de campo e ele é o Richarlyson. Não concordo com os que o chamam de volante, para mim ele é armador e ponta esquerda. Assim mantenho a estrutura do time. Foi assim que vencemos o Fluminense, só que com o Mancini em campo.”

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