sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Um estímulo a mais

Jogadores do Atlético sabem que a força da arquibancada será fundamental para o time vencer o Coritiba, amanhã
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:16/11/2011 07:00
Na hora do sufoco ou do aperto, os torcedores do Atlético entraram em cena para elevar a confiança do grupo e evitar a queda à Segunda Divisão nacional. A força das arquibancadas foi imprescindível para que a equipe ganhasse tranquilidade e se salvasse do rebaixamento no ano passado. Os jogadores novamente esperam casa cheia diante do Coritiba amanhã, às 20h30, na Arena do Jacaré, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clima ainda não é de desespero ou aflição pela situação na parte de baixo da classificação, porém o grupo considera que o ideal é não deixar o sofrimento para o fim da competição.
O incentivo dos torcedores ajudou o Galo a conseguir bom aproveitamento no returno do Brasileiro. Tanto que os ingressos diante do Coxa estão praticamente esgotados e 17 mil pessoas devem apoiar a equipe na esperança de uma ótima atuação. Em sete jogos em Sete Lagoas, foram cinco vitórias e dois empates, com aproveitamento de 81%. Contra o Coxa, a sequência sem derrotas em Minas já dura oito anos. A última (2 a 1), no Mineirão, ocorreu no primeiro ano em que a competição nacional foi em pontos corridos.
O lateral-esquerdo Triguinho conhece o adversário como poucos. Esteve lá no ano passado e, embora não tenha praticamente jogado, fez parte do grupo no início da temporada, quando os paranaenses encantaram o país com ótimas atuações, estabeleceram o recorde de vitórias consecutivas (24) e foram vice-campeões da Copa do Brasil. Ele está praticamente confirmado na partida, porque a diretoria alvinegra decidiu pagar a multa contratual ao Coxa – está emprestado até o fim do ano. Quando enfrentou o Palmeiras na Arena do Jacaré, o Atlético desembolsou R$ 200 mil pela escalação do volante Pierre e o esforço valeu a pena: vitória mineira por 2 a 1.
Ele dá a receita para o sucesso do Atlético contra o ex-clube: “A partir de agora, todos os jogos terão a mesma dificuldade. Paciência, tranquilidade e inteligência durante a partida são fundamentais. Não é momento para expor o nervosismo e sim exaltar nossa capacidade. A vontade de entrar em campo, fazendo o possível para vencer, é maior do que qualquer coisa”. Em 12 jogos com a camisa alvinegra, ele ainda não balançou as redes.
MISTÉRIO Com as suspensões do lateral-direito Carlos César e do armador Daniel Carvalho, o técnico Cuca prefere não divulgar os substitutos. No coletivo de ontem à tarde, na Cidade do Galo, ele fez várias experiências, sobretudo no setor ofensivo. Testou Serginho na direita e chegou a escalar três atacantes no fim – Marquinhos Cambalhota, André e Mancini.
O volante Fillipe Soutto alerta o grupo sobre a necessidade de concentração máxima na reta final da temporada: “É inegável nossa melhora depois da chegada do Cuca, mas o relaxamento não pode ocorrer. É importante encarar todos os jogos como uma decisão. Nosso planejamento não impede vacilos. O grupo tem dado conta do recado e encontrado forças, mas precisamos de garra até o fim, sobretudo contra o Coritiba, um adversário perigoso”.

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