domingo, 27 de novembro de 2011

100 razões para marcar

Além da vitória para livrar o time da ameaça de rebaixamento, Atlético busca diante do Botafogo a marca do centésimo gol na temporada. Artilheiro virou artigo raro
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:24/11/2011 07:00
Vencer o Botafogo domingo, em Sete Lagoas, e escapar do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro sem depender de outros resultados virou obsessão no Atlético e tem dominado todas as entrevistas no clube nesta semana. Porém, além de se livrar da queda, o time pode alcançar marcas importantes, como os 100 gols convertidos na temporada. Até o momento foram 98 – 45 deles no Nacional, 39 no Campeonato Mineiro, 12 na Copa do Brasil, um na Sul-Americana e um em amistoso com o River Plate-URU, durante a pré-temporada.
Com dois jogos decisivos pela frente (depois dos botafoguenses será a vez do Cruzeiro), ter a primazia de anotar o 100º gol neste ano é um incentivo a mais para os atletas. Afinal, a maioria está atrás do centroavante Diego Tardelli, que deixou o clube no início de março, segue como o quarto maior artilheiro do time, com seis gols – quatro no Mineiro e dois na Copa do Brasil.
Entre eles está o atacante André, que chegou em julho, marcou cinco vezes no Brasileiro, mas ainda luta para se firmar no clube. Só em termos de comparação, o zagueiro Leonardo Silva fez o mesmo número de gols, todos pelo Nacional.
A marca também motiva quem já foi titular, mas anda em baixa, caso do experiente Magno Alves, goleador da equipe em 2011, com 18 gols, sendo sete no Brasileiro, 10 no Mineiro e um na Copa do Brasil. Contratado no início do ano, o atacante, de 35 anos, ganhou espaço principalmente depois que Obina foi negociado com o futebol chinês. Ele atuou em 50 dos 68 jogos do Galo (37 como titular), mas não anda com muito prestígio com o técnico Cuca. Tanto que, mesmo relacionado para o jogo com o Corinthians, na rodada passada, em São Paulo, acabou não ficando nem no banco de reservas.
PACIÊNCIA Como todo atleta, ele adoraria a titularidade, mas garante saber esperar nova oportunidade. “Minha função é marcar gols para ajudar. Tomara que, se escalado, consiga, para livrar o Atlético da possibilidade de rebaixamento”, argumenta. “Sempre me empenhei desde que cheguei e vou continuar fazendo isso para provar que tenho condições de ser titular, mas não passo por cima da autoridade do técnico. Ele é quem escala e tenho de respeitar.”
O jogo com o Botafogo será o último diante da torcida em 2011, pois na última rodada do Brasileiro, em 4 de dezembro, só será permitida a entrada da torcida do Cruzeiro, que é mandante. Segundo Magno Alves, a intenção da equipe é deixar a melhor impressão possível para que o apoio venha desde o começo no ano que vem. Ele, porém, não sabe se segue no clube em 2012. O contrato se encerra agora, e o atacante não foi procurado para renovação. Questionado, se limita a dizer que “Jesus proverá”.
Diferentemente de Magno Alves, o vice-artilheiro, Neto Berola, é uma espécie de curinga, que entrou no decorrer de vários jogos, como diante do Corinthians. Foi responsável por 13 gols, quatro deles pelo Brasileiro, oito pelo Mineiro e um pela Copa do Brasil. Ontem, Berola foi absolvido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela expulsão contra o Grêmio e poderá enfrentar o Botafogo.
E mais...
• Tardelli na área
Tardelli esteve ontem no CT de Vespasiano e reafirmou que segue negociando com o clube para retornar do Anzhi, da Rússia. Ele se reuniu com o presidente Alexandre Kalil. A diretoria vinha afirmando que o alto custo dificultaria sua volta e que o desafio é reduzir o valor da proposta. O atacante diz ter sondagem de mais dois times do país.
• apito de pé
Nielson Nogueira Dias, da Federação Pernambucana de Futebol, será o árbitro da partida entre Atlético e Botafogo, pela 37ª rodada do Brasileiro. Este será o primeiro jogo do Galo que ele comandará no atual Campeonato Brasileiro. Os assistentes serão Kléber Gil (SC) e Josemar Moutinho (PE).

Nenhum comentário: