terça-feira, 15 de novembro de 2011

Redenção no sul

Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:12/11/2011 07:00
Quatro vitórias nos últimos cinco jogos, sendo três seguidas, que valeram não só a saída da zona de rebaixamento, mas também o distanciamento dela. É nessa situação que o Atlético encara o Figueirense, hoje, às 19h, em Florianópolis, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, tentando ficar ainda mais perto de se garantir matematicamente na elite do futebol nacional na próxima temporada.
Os últimos resultados fizeram o clima mudar entre os atleticanos. Ainda que os jogadores ressaltem a importância de manter a concentração até que a possibilidade de queda esteja completamente descartada, o alívio já está claro, com o bom humor dominando os trabalhos durante a semana. Já entre os torcedores, o clima é de euforia, ainda mais com o rival Cruzeiro tendo entrado na área de perigo e estando seriamente ameaçado.
Por outro lado, os catarinenses vêm de cinco triunfos seguidos e não perdem há mais de dois meses, somando 12 jogos de invencibilidade. A boa campanha já o faz mirar uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem – está apenas dois pontos atrás de Botafogo e Flamengo – e até a sonhar com o título – são cinco pontos a menos que os líderes, Corinthians e Vasco. No segundo turno, a campanha só é pior que a do Fluminense.
Até por isso, a ordem do técnico Cuca é que ninguém tire os pés do chão. Ele, inclusive, refez as contas, subindo de 42 para 43 o número de pontos necessários para que uma equipe escape definitivamente da degola. E não descarta que seja necessário mais, dependendo dos resultados das equipes que estão abaixo do Galo. “Este é mais um jogo decisivo na nossa caminhada, um jogo duro, encardido, mas vamos para Florianópolis pensando em vencer. Chegamos a ter 76% de chances de cair, mas conseguimos baixar isso para 6%. Só que, se não obtivermos os resultados, volta lá para cima”, declarou o treinador.
Os jogadores entenderam o recado do comandante e prometem se manter vigilantes. “Sabemos da importância desse jogo, que o Figueirense está motivado e vem de ótimos resultados. Mas nós também estamos em um momento muito bom. Temos condições de ir lá e jogar de igual para igual com eles, basta entrarmos ligados desde o apito inicial”, afirmou o lateral-esquerdo Triguinho.
Contratado em meados de agosto, por indicação de Cuca, ele rapidamente se firmou na posição, desempenhando função muito importante no esquema do treinador, indo pouco ao ataque para dar liberdade ao lateral-direito Carlos César. No jogo de hoje, ele novamente deverá atuar quase como terceiro zagueiro, impedindo o avanço dos adversários por seu setor. “Vamos ficar atentos, marcar forte e tentar aproveitar as chances.”
Uma diferença em relação aos últimos jogos é que, quando sair jogando pela esquerda, Triguinho não encontrará Bernard à sua frente, mas Richarlyson, que ficou com a vaga do atacante Neto Berola, suspenso. Com isso, o prata da casa foi deslocado para a direita e atuará mais adiantado, formando o ataque com André. Outra mudança é a entrada do zagueiro Werley no lugar do também suspenso Leonardo Silva.
MESMO ESQUEMA As mudanças não vão alterar o esquema de Cuca, que vem dando certo. Ele espera, assim, anular as principais armas dos catarinenses: “Eles atuam sem jogador referência no ataque. É o Júlio César de um lado, Wellington Nem de outro e Elias e Fernandes chegando em velocidade. Isso vem dando certo, até porque o Figueirense está jogando leve, sem peso de rebaixamento, ao contrário, está lutando por título e Libertadores”.

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