domingo, 6 de novembro de 2011

Atlético-MG se inspira em Roth para fugir da degola


Se obtiver o aproveitamento de Roth à frente do clube, a equipe de Cuca escapará do descenso (Foto: Gil Leonardi)
Galo reencontra Celso Roth, seu ex-treinador. Se repetir o aproveitamento do técnico no clube, escapará do rebaixamento
LANCEPRESS!
Publicada em 03/11/2011 às 06:42
Belo Horizonte (MG)
LANCEPRESS!
Publicada em 03/11/2011 às 06:42
Belo Horizonte (MG)
O jogo com o Grêmio colocará o Atlético-MG, do técnico Cuca, frente a frente com Celso Roth, que fez bons trabalhos no clube, durante as temporadas de 2003 e 2009. Para escapar de um rebaixamento à Segunda Divisão, o Alvinegro busca um aproveitamento parecido com o obtido na época de Roth.
Ele comandou o time em 81 oportunidades. Somando as suas passagens por Minas Gerais, Celso Roth obteve 56,7% de aproveitamento. Foram 39 triunfos, 21 empates e o mesmo número de derrotas. Com esses feitos, ele supera o atual treinador do Galo. Cuca fez 19 partidas à frente da equipe mineira, conquistou seis vitórias, empatou três vezes e perdeu dez, o que lhe confere 38,8% de aproveitamento.
Com os números de seu ex-técnico, o Atlético, que somou 36 pontos no Brasileiro, atingiria 46. Esta pontuação seria mais do que necessária para o time afastar o perigo de uma nova queda e garantir, no mínimo, uma vaga na Copa Sul-Americana da próxima temporada.
No atual elenco do Atlético, existem três jogadores que estiveram sob a batuta de Celso Roth em 2009. Werley, Serginho e Renan Oliveira foram peças fundamentais para o time daquele ano. Em conversa com o LANCE!NET, o meia-atacante enaltece os trabalhos do ex-comandante à frente do Alvinegro. Para ele, o Galo necessita de bastante atenção no confronto do próximo sábado.
– O Celso (Roth) é um grande treinador. Desde que ele chegou ao Atlético, conseguiu acertar a equipe, encontrar uma boa formação e conquistar importantes vitórias. Muita gente pensa que não, pelo fato de eu não ter jogado muito com ele, mas o Celso foi um treinador muito importante para mim. Inclusive, quando ele deixou o Atlético e seguiu para o Vasco, ele tentou me levar. Nós sabemos da capacidade dele, sabemos que é um grande treinador. Então, temos de tomar cuidado com o Celso Roth e o Grêmio neste fim de semana – disse.
COM A PALAVRA: Serginho
O Celso (Roth) é um grande treinador. Na época em que ele treinava o Atlético, ele tinha o grupo em suas mãos. Todos os jogadores confiavam nele, assim como ele confiava nos atletas. Por isso, ele obteve sucesso no Atlético em 2009. Ele é muito competente, um grande profissional. Temos de tomar muito cuidado com o Celso Roth neste sábado. Ele conhece as origens do Atlético e sabe como o nosso torcedor se comporta. Pelo fato de ele ter passado pelo Atlético, ele sabe tudo isso. Tmos de tomar cuidado com profissionais que já passaram por aqui.
Cuca e Roth têm fama de salvar times da degola
Cuca e Celso Roth, rivais do próximo fim de semana, ganharam a mesma fama de livrar times da zona de descenso. Se o primeiro já salvou o Fluminense, de forma milagrosa em 2009, Roth fez trabalhos mais simples, mas que surtiram efeito, como o atual com o Grêmio.
Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção na Copa do Mundo de 1970, também ficou famoso por salvar equipes brasileiras de um rebaixamento. Foram tantos ‘milagres’ realizados na função de treinador, que dá para perder a conta.
O capitão do tricampeonato mundial, porém, tem consciência que livrar um time da degola não é nada fácil. Para ele, é quase impossível conseguir tal feito em um clube de menor expressão do Brasil.
– É muito relativo quando se diz que o treinador vai salvar um time de um rebaixamento. Não que seja algo muito fácil. Mas salvar times grandes, como Atlético e Grêmio, é mais fácil do que salvar o América, por exemplo. Nunca vi um treinador salvar um clube de menor expressão de um rebaixamento – comentou Carlos Alberto Torres, em entrevista exclusiva ao LANCE!NET.
Ele ainda comentou como deve ser o trabalho de um treinador à frente de um time desesperado:
– Quando você pega um time para salvá-lo de um rebaixamento, não é só acertar a equipe. Nessa fase, o psicológico conta muito. Você tem de conversar com os jogadores, tentar entender o motivo do momento ruim. Porque não tem como mudar uma equipe, tecnicamente falando, em pouco tempo. É fundamental saber o que mudar, principalmente no aspecto psicológico.

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