sábado, 3 de janeiro de 2015

06/12/2014 07h45 - Atualizado em 06/12/2014 07h45


Com quatro vitórias sobre o Cruzeiro em 2014, Levir brinca: “Sou bom, né?”

Antes das férias treinador fala da conquista especial, comenta mudança na

comissão técnica e revela aprendizado no Japão “quase” no país

Por Léo Simonini

Belo Horizonte

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A Copa do Brasil já acabou, mas a sensação especial pela vitória sobre o arquirrival ainda rende boas lembranças na Cidade do Galo. Levir Culpi não se cansa de relembrar a conquista que tem gosto especial por tudo o que ocorreu ao longo da competição (confira os melhores momentos do jogo do título no vídeo acima). Com 100% de aproveitamento sobre o rival no ano, ele até se dá ao luxo de brincar com a situação, antes de voltar a falar sério sobre a mudança na comissão técnica, já que o preparador físico Carlinhos Neves não está mais no clube, além de lições que trouxe lá do outro lado do mundo.

Com relação ao título e o fato de não ter perdido para o Cruzeiro nesta temporada, o treinador brinca, antes de falar do quão especial foi a conquista.
- Sou bom, né? Mas a conquista foi especial por diversos motivos, entre eles o grau de dificuldade, Palmeiras, Corinthians e Flamengo e o nosso principal adversário, o Cruzeiro. Por isso ficou muito marcado, ainda tivemos as viradas inesquecíveis. Sinto-me agradecido de neste momento estar aqui, foi uma coincidência muito grande, mas tenho que dividir com a comissão, dirigentes e os torcedores, que vibraram muito. É um momento de prazer que tenho que dividir com as pessoas que participaram comigo.
Mas uma dessas pessoas deixou o clube. Carlinhos Neves já não é mais o preparador físico do clube. Para seu lugar deve chegar Rodolfo Mehl, profissional que conta com o aval do técnico, mas que ainda não está contratado oficialmente.
Levir Culpi fala dos planos para 2015
- O Rodolfo tem perfil diferente do Carlinhos, é um cara muito mais agregador, digamos assim. Já o Carlinhos tinha o comando desse grupo, é um supercampeão, basta analisar a carreira dele. Mas chegou naquele momento que todos passam no futebol que é querer passar mais tempo com a família. E tecnicamente o Rodolfo já sabe o que fazer porque trabalhamos juntos (no Japão) e com o Matter, que faz a programação. Ele já sabe mais ou menos o que fazer na parte física para encaixar na minha programação e na parte técnica. É um amigão, um cara super profissional, e se puder acertar vai ser um prazer e legal para o Atlético também.
Planos
Com contrato renovado e com a possibilidade de iniciar a temporada com um grupo conhecido, Levir espera implantar outros pontos que considera ter aprendido no Japão. Ele reconhece que em boa parte das situações ainda não será possível, já que as negociações são arrastadas e indefinidas para a próxima temporada, mas alguns pontos ele pretende adotar.
No Japão aprendi a me organizar melhor na programação. Lá você tem que passar com um mês de antecedência para todos porque eles preparam tudo antes. Aqui você muda de última hora e prejuda o trabalho até da imprensa
Levir Culpi
- No Japão aprendi a me organizar melhor na programação. Lá você tem que passar com um mês de antecedência para todos porque eles preparam tudo antes. Aqui você muda de última hora e prejudica o trabalho até da imprensa. No Brasil ainda temos isso, mas já estamos nos programando melhor. Agora, por exemplo, temos todos os números para a próxima temporada, você tem que estar na frente, tem que estar com a pré-temporada montada. Com o elenco também, mas não estamos, já que sempre tem algo.
Com relação ao trabalho em campo Levir reconhece que ensinou mais do que aprendeu. Para ele, o improviso na hora do drible faz parte do DNA brasileiro, algo que para o japonês é impensável.
- No Brasil estamos muito na frente, ele são muito acadêmicos e começam treinando tudo bem feito desde criança. Mas quando chega a hora do improviso, do drible, eles têm dificuldade. É algo relacionado com o dom, já está no DNA do brasileiro e não tem muito o quê fazer. Mas em termos de organização e planejamento aprendi muito e se fizermos um pouquinho melhor já vamos estar no lucro.

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