domingo, 11 de janeiro de 2015

MUDANÇAS


Mais público, menos partidas

Curiosidade, Copa e boa fase dos times mineiros ajudaram a atrair os torcedores nos primeiros anos
PUBLICADO EM 11/01/15 - 04h00
THIAGO NOGUEIRA
A atratividade de um estádio moderno, os bons desempenhos de Cruzeiro e Atlético e as partidas das Copas das Confederações e do Mundo fizeram o novo Mineirão ferver em seus dois primeiros anos. Com isso, a presença de torcedores aumentou, mesmo com ingressos mais caros do que antigamente.
Alavancados pelas competições internacionais, 2013 e 2014 tiveram as melhores médias de público dos últimos dez anos. Foram mais de 32 mil pessoas por partida em cada um dos anos. As estatísticas, claro, são elevadas devido aos jogos das Copas das Confederações e do Mundo, quase sempre com lotação máxima.
Mas, mesmo desconsiderando as partidas promovidas pela Fifa, a média de público ainda é superior à de outros anos da última década. A média de 2013 foi de 30.581, e a de 2014, 28.502 torcedores. Sem a presença do Atlético – que, ao contrário de Cruzeiro e América, não assinou acordo para mandar seus jogos no estádio –, o número anual de jogos no Gigante da Pampulha caiu quase que pela metade.
Satisfeita com a parceria comercial no estádio Independência, a diretoria atleticana não dá sinais de uma mudança definitiva para o Mineirão, se resguardando do direito registrado em contrato de utilizar a arena apenas em grandes jogos ou decisões.
Desafios. Embora as partidas internacionais tenham dado grande visibilidade ao Mineirão, o empréstimo do estádio para o período Fifa deixou a arena “amarrada” comercialmente. Como a federação internacional já tem seus patrocinadores, foi difícil conseguir contratos de longo prazo. A esplanada, por exemplo, não tem tantos estabelecimentos e atrações como a empresa esperava.
Ingressos. Antes da reforma, em 2010, os ingressos custavam entre R$ 10 (geral) e R$ 50 (cadeira especial). A final entre Cruzeiro e Atlético, pela Copa do Brasil de 2014, teve bilhetes comercializados entre R$ 150 (meia) e R$ 700. Em 2013, a renda de R$ 14 milhões da final da Libertadores, entre Galo e Olimpia, se tornou a maior da história do futebol brasileiro.

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