segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Galo vê horizonte mais favorável para planejar 2015, mas ainda espera por dificuldades


Adesão ao Refis põe fim aos bloqueios de receitas do clube
postado em 05/01/2015 18:51 / atualizado em 05/01/2015 18:56
Rodrigo Fonseca /Superesportes
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Segurança para planejar, mas ainda prevendo dificuldades. Assim começa 2015 para o Atlético. A maior estabilidade na administração do clube é reflexo do acordo feito com a Fazenda Nacional para adesão ao programa de refinanciamento fiscal (Refis). Desta forma, o Galo está resguardado para não sofrer novos bloqueios de receitas.
Entre o segundo semestre de 2013 e durante todo ano de 2014, o Alvinegro sofreu com bloqueios, o maior deles de R$ 54 milhões referentes à venda do meia-atacante Bernard ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. O Atlético acabou atrasando salários e premiações de funcionários e jogadores.
“Todas as receitas estavam sendo bloqueadas. O clube estava sufocado. Sem a homologação, o dinheiro da venda de um jogador ou de um patrocínio seria bloqueado. A homologação me dá segurança para trabalhar. Não significa que eu tenha mais dinheiro. Significa que agora eu posso trabalhar, pagar as contas, fazer o planejamento”, explica Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético, ao Superesportes.
Para 2015, o Galo já acertou seus parceiros. O patrocinador máster será a MRV Engenharia. Outros patrocinadores fechados são Cemil e Vilma Alimentos. A Puma segue como fornecedora de material esportivo.
O dirigente lembra ainda que o dinheiro bloqueado da venda de Bernard não volta para o clube. Ele faz parte do acordo para a entrada no Refis. “A homologação não significa a liberação do dinheiro do Bernard. Essa verba não vai cair nos cofres do Atlético. Ela vai ser utilizada para pagamento de 10% que a lei determina para o clube aderir ao Refis.”
Mas a entrada no programa de refinanciamento fiscal não garante que o ano será tranquilo financeiramente, pois a realidade econômica do país é obstáculo, e não só para o Alvinegro. “Os clubes brasileiros precisam conversar mais, pois as dificuldades não são do Atlético, são do futebol brasileiro”, diz Nepomuceno.
E as dificuldades seguem no caminho alvinegro. Depois de acertar os salários no fim de 2014, a diretoria trabalha agora para quitar direitos de imagem, parcela maior do pagamento dos atletas, e premiações. Além disso, esta semana vence mais um mês na folha salarial.

Nenhum comentário: