segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

03/01/2015 17h38 - Atualizado em 03/01/2015 17h38


Apoio e conselhos: trunfos de Dodô para se tornar ídolo no Atlético-MG

Jogador se apega à presença dos pais e irmãos, além das orientações de Levir Culpi, para alçar voos mais altos na carreira a partir da próxima temporada

Por Rafael Araújo

Belo Horizonte
Se perguntar para os torcedores do Atlético-MG quem é Raphael Guimarães de Paula dificilmente saberão de que se trata do jovem Dodô. Se para a torcida o apelido já pegou, na família ninguém o conhece pelo nome futebolístico. Filho caçula de três irmãos, a revelação do Galo é tratada pelo nome de batismo e segue à risca os conselhos dos parentes para não se iludir com a fama repentina e alavancar a carreira em 2015.
Eu procuro sempre estar tranquilo, ouvir o que ele fala, o que os jogadores falam e o que o Levir fala para me ajudar. Minha cabeça mudou muito, neste final de ano foi tudo rápido
Dodô
- Procuro sempre ouvir meu pai (Gilberto). Tem que matar um leão por dia mesmo, essa fase é difícil e é totalmente diferente. Eu procuro sempre estar tranquilo, ouvir o que ele fala, o que os jogadores falam e o que o Levir fala para me ajudar. Minha cabeça mudou muito, neste final de ano foi tudo rápido - comenta o meia atleticano sobre o pai, que não esconde a preocupação com a carreira do caçula da família.
- A preocupação é muito grande, porque nessa fase de transição o jogador tem que aproveitar as oportunidades. E ele tem aproveitado bem. Cada minutinho ali, a gente sempre conversa. Mas sempre eu converso com ele, que o que ele já fez, ficou no passado. No dia a dia, ele tem que mostrar mais ainda, porque a cobrança é muito grande. Tem que matar um leão por dia.
Preocupação também tem a mãe do meia, Cláudia, que não esconde o nervosismo quando Raphael, como ela chama Dodô, está em campo.
- Nervosismo total. Medo de errar, de a torcida cobrar. Então eu fico bem nervosa - confessa.
Além do apoio dos pais, os irmãos de Dodô acompanhar a carreira do meia e procuram passar orientações para uma das revelações do Galo. O mais velho, Leandro, é a cara de Dodô. A semelhança com o primogênito da família é tão grande que os dois já foram confundidos na rua. Leandro já pensou em uma maneira de não ser mais confundido e sugeriu ao irmão mais novo.
- Ele vai ter que fazer um outro corte de cabelo, vai ter que mudar o visual, porque tem que ser diferente. Pra gente é uma alegria muito grande, porque somos uma família apaixonada por futebol. Acaba sendo uma alegria muito grande. Mas o corte de cabelo ele vai ter que mudar. Eu não posso, porque sou militar, mas ele pode - brinca o irmão do meia atleticano.
Mas Dodô garante: não irá mudar o visual por causa do pedido do irmão. O motivo? Evitar as brincadeiras dos companheiros de Cidade do Galo na volta aos trabalhos na próxima temporada.
- Acho que assim está bom. Não dá para mexer muito não. E eu não vou nem tentar, porque os caras já são zoadores com a gente, que é mais novo, então melhor deixar do jeito que está - considera o jovem atleta atleticano.
Após o descanso nas férias, Dodô se reencontrará com os companheiros no dia 07 de janeiro, quando o elenco alvinegro se reapresentará na Cidade do Galo.

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