sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Kalil: 'Não estou aqui para sanear o Atlético' (18/09)

Rodrigo Fonseca - Portal Uai

Para o presidente, é impossível eliminar a dívida do clube durante seu mandato. Ao final da gestão, quer ser julgado pelos títulos

Diferente dos últimos presidentes, que colocavam o saneamento da dívida do clube - que ultrapassa os R$ 200 milhões - à frente dos investimentos no futebol, Alexandre Kalil aposta no sucesso dentro de campo para reorganizar o Atlético. “Não estou aqui para sanear o Atlético”, disse durante o videochat do Superesportes. “Eu quero o Atlético, dentro do meu mandato, para ganhar título, para assumir os compromissos e pagar”, acrescentou.
Para viabilizar sua gestão, que vai até o final de 2011, o dirigente diz ter reescalonado débitos e promovido uma reestruturação administrativa no clube. “A gente fecha uma torneia aqui, outra ali. Sobrou um pouquinho põe lá no futebol. Sobrou mais um pouquinho põe no futebol. Não houve adiantamento de cota. Eu consegui tirar a espada da cabeça do Atlético para pagar durante meu mandato”.
Prestes a completar um ano no comando do Galo, Alexandre Kalil espera que, no final de 2011, o julgamento de sua administração seja baseado nas conquistas da equipe.
“O trabalho tem que ser julgado no futebol, em título. Esse negócio de sanear clube, comigo não. Sanear R$ 200 milhões, não esperem isso de mim. Eu não sou mágico. Quero sim pegar essa dívida e já começar a negociá-la. Estamos entrando agora num novo Refis. A timemania está sendo reformulada. A dívida do Ricardo (Guimarães, ex-presidente do clube) foi auditada. Vamos ter o valor e vamos sentar com ele, negociar, mas sem tirar pedaço do Atlético”.
Este ano, com a política de segurar os principais jogadores e trazendo reforços importantes, o Galo está na briga pela taça do Campeonato Brasileiro. Após 24 rodadas, o time está a quatro pontos do líder Palmeiras.
Durante o videochat, Alexandre Kalil abordou vários temas levantados pelos internautas. Confira outros trechos:
Renovação antecipada com o técnico Celso Roth
“Eu fico olhando humildemente e curiosamente o que dá certo. O que está dando certo agora no Brasil é trabalho a longo prazo. Por que? Porque o futebol hoje é de altíssimo nível. Futebol hoje é muita força, é pegada. Para um futebol assim eu tenho um treinador que é professor de educação física, um preparador físico, um auxiliar de preparação física e estou trazendo mais gente de ponta para o Atlético nesse setor. Outra coisa é a continuidade, a intimidade com o jogador de conhecer detalhe. Essa é uma coisa que eu aprendi vendo. Sobre a questão de não ganhar nada, eu lembro que o treinador que mais levou a fama de não ganhar nada foi o Telê (Santana), que depois ganhou tudo”, disse. “Nós queremos que a estrela dele (Celso Roth) venha brilhar aqui agora”.
Contratação de Verón
“O que teve de verdade foi que, em janeiro, eu procurei o Verón. Se eu soubesse que ele ia nos fazer tão bem, não tinha mexido com ele (o argentino liderou o Estudiantes na conquista da Copa Libertadores sobre o Cruzeiro). Eu procurei o Verón e recebi um empresário com a seguinte resposta dele: por preço nenhum eu saio do Estudiantes, porque eu quero ser o presidente do Estudiantes. Eu tinha um parceiro para ele na época que bancaria”.

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