quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Só falta a documentação (23/09)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Com a possibilidade de o Atlético subir na classificação do Campeonato Brasileiro, a torcida promete apoiar o time no jogo contra o Santos, domingo, às 18h30, no Mineirão. Além disso, é grande a possibilidade de quem for ao estádio presenciar a estreia do armador Ricardinho com a camisa alvinegra, o que certamente atrairá ainda mais público – até ontem foram vendidos 7.227 ingressos. O jogador chegou ao Galo há uma semana e ontem pela manhã participou de treino coletivo de 57 minutos na Cidade do Galo. Segundo o técnico Celso Roth, se tiver a documentação regularizada esta semana, será relacionado para pegar o Peixe – o clube aguarda apenas a liberação, que será enviada pela Federação do Catar. Ele estava atuando no Al-Rayyan. “O Ricardinho vem treinando bem, assim como o (zagueiro) Benítez e o (lateral-direito) Coelho, que também precisam deste trabalho técnico. Se tudo continuar bem e a situação for regularizada, ele vai para o jogo”, disse o treinador, que não confirma se o armador será titular ou fica no banco de reservas. Ricardinho se mostra bastante confiante em estrear logo pelo Atlético. De qualquer forma, alerta que ainda precisará de mais tempo para atingir o ápice da forma. “Vinha treinando, mas preciso de ritmo de jogo, preciso evoluir bastante, o que ocorrerá com o tempo. A expectativa é grande, eu me sinto bem e a decisão ficará com o Celso Roth, que saberá qual o melhor momento para me pôr em campo”, argumentou. Mesmo que tenha tão pouco tempo de Galo, ele acredita que não haverá problema para se entrosar com os companheiros, a quem vem acompanhando há algum tempo. Mostrando humildade, diz que não será a equipe que terá de se adaptar ao seu estilo, mas o contrário. “O Atlético tem um modo de atuar, de acordo com o desejado pelo treinador, e caberá a mim me encaixar nele. Acho que não terei dificuldades, pois conheço as características dos jogadores.” A possibilidade de estrear justamente contra o Santos, com o qual foi campeão brasileiro em 2004, não provoca nenhum entusiasmo extra em Ricardinho. Ele garante que seu pensamento é só em ajudar o Atlético, independentemente do adversário. Se será contra o time paulista ou não, ainda há dúvida, mas o garantido é que o armador vai atuar no Galo com a camisa 80. Ele explica o motivo que o levou a tal número: “Quando cheguei, me disseram que só estavam à disposição números acima de 50. Então liguei para dois torcedores que tenho em casa, o Bruno, de 9 anos, e o Bernardo, de 4, que escolheram o 80. Só não consultei o Benício porque ele só tem quatro meses”, explicou o armador, referindo-se aos três filhos. Apesar de toda a experiência adquirida em quase 15 anos de carreira, ele revela ainda sentir um pouco de ansiedade pela estreia. Um dos motivos é a vontade de retribuir todo o carinho que recebeu da torcida mesmo sem ter jogado. Além de ter sido calorosamente recepcionado no aeroporto, o atleta diz ser bem tratado por todos os atleticanos que encontra pelas ruas de Belo Horizonte, que ainda está conhecendo. PARA RECUPERAR ESPEÇO Enquanto Ricardinho trabalho para estrear, o atacante Éder Luís faz o mesmo, mas para tentar recuperar a condição de titular. O jogador perdeu a vaga para Rentería no jogo com o Internacional, em 2 de setembro, e desde então tem se esforçado para recuperá-la. “Fiquei muito chateado quando saí do time e nunca escondi isso de ninguém, nem do Celso Roth, mas respeito as decisões e só me resta trabalhar para aproveitar as oportunidades, sejam elas por 10, 15 ou 20 minutos que for colocado em campo. Sempre quero ajudar o Atlético”, explicou. Mesmo fora do time, ele alcançou, contra o Náutico, sábado, no Recife, a marca de 150 partidas com a camisa do Galo. Éder Luís chegou ao clube em abril de 2004 para defender a equipe júnior. A estreia no time profissional foi em 20 de agosto de 2005, na vitória por 2 a 1 sobre o Juventude, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Desde então, marcou 41 gols.

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