quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Um novo paredão (24/09)

Paulo Galvão - Estado de Minas

A maior expectativa dos torcedores do Atlético é pela estreia do armador Ricardinho, o que deve ocorrer domingo, contra o Santos, no Mineirão, já que sua liberação do Al Rayyan, do Catar chegou e foi imediatamente encaminhada à CBF. Assim, sua escalação contra o Peixe só depende do técnico Celso Roth. Um pouco dessa ansiedade se justifica pelo bom desempenho de alguns jogadores que chegaram neste semestre, assim como o pentacampeão do mundo. Um dos setores beneficiados pela contratação de reforços foi a defesa, para a qual chegaram o goleiro Carini, o lateral-direito Coelho, os zagueiros Jorge Luiz e Benítez, além do volante Correa, que também participa bastante da marcação. Desses, apenas o paraguaio Benítez ainda não estreou, o que ajuda a explicar o crescimento de produção da marcação. No empate por 0 a 0 com o Náutico, o Galo terminou sem tomar gol depois de 12 partidas pelo Nacional – a última vez havia sido no empate sem gols com o Vitória, no Barradão, em 19 de julho. Além disso, havia sofrido um gol contra Santo André e outro diante do Atlético-PR, o que fez cair a média de gols sofridos para 0,66 por jogo no Brasileiro, contra 1,45 nas outras 22 partidas na competição. Nas últimas três partidas, a novidade da zaga foi a entrada de Jorge Luiz. O jogador, apresentado em 26 de agosto, junto com Benítez, teve a estreia antecipada, em parte, pela contusão de Welton Felipe, e não deixou a chance escapar, tendo mostrado, ao menos até o momento, um futebol firme. Logo na primeira partida dele, o Galo quebrou sequência de sete jogos sem vitórias ao fazer 2 a 1 no Santo André, no ABC Paulista. Mesmo que os números lhe sejam favoráveis, ele prefere mostrar-se um jogador de grupo: “Não acho que o sistema defensivo tenha melhorado porque eu entrei, mas sim porque todos se uniram para que o time voltasse a ter boas atuações e vencer. Fico feliz de poder ajudar e vou continuar fazendo isso”, argumentou o zagueiro, de 27 anos, que nem mesmo se sente titular do Galo. “Entrei por conta de desfalques, de contusões, e felizmente as coisas deram certo.” Ciente de que a disputa é acirrada na zaga, ele tem procurado se dedicar nos treinamentos. O zagueiro já havia sido comandado por Celso Roth no Vasco e considera que isso é um trunfo para se sair bem. “Gosto muito de trabalhar com ele e isso facilita, ajuda na hora de fazer o que ele pede.” Mesmo que tenha se saído bem nos três jogos que já fez, Jorge Luiz ainda não se sente 100% física e tecnicamente. Para ele, serão necessárias mais duas partidas para chegar à forma ideal. Celso Roth sabe disso, mas se mostra confiante em seu zagueiro. “Contra o Santo André, o Jorge Luiz entrou ainda sem a melhor forma e também sentiu no jogo contra o Atlético-PR, não a parte técnica, mas a condição física. Depois foi para um jogo difícil no Recife (contra o Náutico) e se comportou bem. Vamos esperar que ele evolua ainda mais nos próximos jogos”, disse. Para continuar subindo de produção, Jorge Luiz procura se informar sobre os adversários. Assim, ele já detectou os pontos fortes do Santos e se prepara para anulá-los. “Temos de entrar ligados, pois o Jean vai estrear e, pelo que conheço dele, fará tudo para deixar boa impressão, vai correr o campo todo, se movimentar. Mas vamos estar atentos”, declarou o jogador, destacando a importância de o Galo vencer o Peixe. POSSIBILIDADES No domingo, o zagueiro ainda não sabe quem será seu companheiro de zaga. Na quarta-feira, Werley, que vinha atuando, foi poupado do treino devido a dor no tornozelo esquerdo. Assim, Alex Bruno e Benítez se revezaram na posição. Quem também ficou fora foi o goleiro Carini, com dor muscular na coxa esquerda. Porém, como Werley, ele também não deverá ser problema para enfrentar o Santos. Mesmo com Ricardinho já em condições legais de jogar, Celso Roth preferiu mantê-lo na equipe reserva. Assim, o meio-campo teve Renan revezando com Jonílson, Márcio Araújo, Correa e Evandro. Na frente, Rentería e Diego Tardelli começaram, mas Éder Luís substituiu o colombiano. No fim da atividade, o titular voltou, mas no lugar de Evandro, com o Galo atuando no 4-3-3. O jogo entre Atlético e Santos terá como árbitro Wilton Pereira Sampaio (DF). Erich Bandeira (PE) e César Augusto de Oliveira Vaz (DF) serão os assistentes.

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