Paulo Galvão - Estado de Minas
Ao fazer 2 a 1 no Santo André, de virada, domingo, no ABC Paulista, o Atlético voltou a vencer fora de casa depois de quase dois meses e pôs fim a jejum de sete partidas sem somar três pontos, sendo seis pelo Campeonato Brasileiro. Agora, tenta dar sequência à recuperação triunfando também em casa, onde enfrenta o Atlético-PR, domingo. Por coincidência, a última vitória diante da torcida foi justamente contra um paranaense, o Coritiba, por 3 a 2, em 2 de agosto. Um dos motivos de o Galo ter saído do grupo dos quatro primeiros colocados, que são os que se classificam à Copa Libertadores do ano que vem, foi justamente a queda de rendimento como mandante. O time tem atualmente apenas a 11ª melhor campanha se for levado em conta só os jogos em casa – considera-se que o clássico com o Cruzeiro, vencido por 3 a 0, foi disputado em campo neutro. O alvinegro só perdeu uma vez no Mineirão neste Brasileiro, para o Goiás, mas muitos empates acabaram derrubando a equipe na classificação. Só nos últimos três jogos foram três: diante de Avaí, Sport e Palmeiras. Por isso, os atleticanos sabem que não podem mais tropeçar em casa, onde também enfrentarão Santos, Barueri, Vitória, Flamengo, Internacional e Corinthians. Também no Mineirão será disputado outro clássico com o Cruzeiro, marcado para 12 de outubro. “Não esperamos jogo fácil contra o Atlético-PR, mas, como vamos jogar em casa, o pensamento é só a vitória. Até porque, se vencermos no domingo, voltamos definitivamente à briga pelo título”, declarou o técnico Celso Roth, que continua preparando o time para enfrentar o Furacão – ontem, os treinos foram em dois períodos na Cidade do Galo. Manter bom desempenho acaba sendo quase obrigacão em uma competição equilibrada como o Brasileiro. O Grêmio, oitavo colocado, por exemplo, conseguiu 30 dos seus 33 pontos no Estádio Olímpico, mostrando que, se tivesse o mesmo aproveitamento do Galo quando joga em seus domínios, teria 25 pontos, ou seja, apenas um a mais que o Santo André, o primeiro da zona de rebaixamento. Até quem não está jogando mostra preocupação com o time, que tem de voltar a se impor como mandante. É o caso do atacante Marques, que nesta semana fez o primeiro treino coletivo com os companheiros. Aos 36 anos e com muitos Brasileiros no currículo, ele receita concentração extra para evitar novos tropeços. “Os adversários já conhecem um pouco nossa equipe e têm vindo aqui jogar fechados, procurando anular nossos pontos fortes, marcando bem aqueles que podem decidir em uma jogada individual. Mas a vitória contra o Santo André deu novo ânimo a nossa equipe e temos de unir forças, time e torcida, para buscar outro resultado positivo”, argumentou o jogador, que ficou oito meses se recuperando de cirurgia no joelho e espera estar em condições de ajudar os companheiros no máximo em três semanas. EXPECTATIVA DOS ESTREANTES Ontem, houve treino físico pela manhã e técnico à tarde. Os volantes Jonílson, que está recuperado de contusão muscular, e Carlos Alberto não trabalharam com os demais na atividade vespertina, mas apenas por precaução, devendo participar normalmente da atividade de hoje. Na mesma situação está o também volante Corrêa. Persiste ainda a possibilidade das estreias do zagueiro Benítez e do goleiro Carini, que dependem da regularização dos documentos. O paraguaio foi ao país de origem justamente para resolver a questão do visto de trabalho, o que, em princípio, não será necessário para o uruguaio, que poderá resolver a questão em Belo Horizonte mesmo. Por outro lado, Celso Roth terá de aguardar até amanhã, no começo da noite, para saber se poderá contar com o volante Renan. Ele será julgado pelo STJD por ter sido expulso contra o Corinthians, em São Paulo, em 16 de agosto. A venda de ingressos para Atlético x Atlético-PR continua, nos tradicionais postos. Até ontem foram comercializados 4.762 bilhetes.
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