domingo, 4 de janeiro de 2015

Sem filtro depois de deixar a presidência, Kalil fala de trio afastado, R10, Imperador e Cuca


Alexandre Kalil garantiu não ter segredos depois de ter deixado a presidência
postado em 15/12/2014 21:35 / atualizado em 15/12/2014 22:48
Redação /Superesportes
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press.
Alexandre Kalil se despediu do Atlético no dia 2 de dezembro, mas os laços com o clube serão contínuos. Entrevistado no programa Fox Sports Rádio, no canal Fox, o ex-dirigente do Galo abordou diversos assuntos, entre eles Jô, Ronaldinho Gaúcho, Cuca e até uma tentativa frustrada em contratar Adriano Imperador.
Ao comentar do trio de jogadores afastados pelo clube à época de sua gestão, Kalil confirmou que a gota d'água foi o incidente da balada em Curitiba, quando Jô, André e Emerson Conceição foram flagrados, e também deu detalhes da conversa que teve com o atacante artilheiro da Libertadores'2013. Jô sumiu mais de uma vez sem dar justificativas ao longo da temporada 2014. A ideia da diretoria atual, comandada por Daniel Nepomuceno, é negociar os afastados.
“Sim, foi balada. No Atlético, quando eu era presidente, eu tive uma conversa com os jogadores. Eu disse para o Jô: 'eu não vou resolver seu problema agora, você tem um problema para você. Ele voltou e disse que resolveu. Ele está vivo para não me deixar mentir. Eu perguntei se era isso que ele queria, e ele disse que sim. Então eu falei: 'não me faça de moleque, não me faça passar carão'. Foi isso que aconteceu”, revelou.
R10 e Imperador
Ao comentar da saída de Ronaldinho Gaúcho, conduzida por Levir Culpi, insatisfeito com a produção do jogador, Kalil contou como foi o processo com o meia, que ficou chateado ao perder espaço na equipe.
“Eu fiquei amigo da minha ex-mulher. Não tem jeito de separar o Ronaldo do Atlético mais. Eu não fui atrás dele para ele ir embora. O treinador (Levir Culpi) gosta de número, com toda razão, um raciocínio incontestável que ele trouxe do Japão. Cadê o número? Não tem número, vai tirando, ele com raiva. Eu fiquei quieto e sabia que iria cair no meu colo. Foi de uma maneira bacana e limpa. Ele querendo ir, o Levir querendo que ele fosse. A torcida não queria que ele fosse machucado. Foi muito legal a passagem do Ronaldo pelo Atlético”.
A curiosidade veio quando Kalil revelou que a mesma proposta feita a Ronaldinho Gaúcho esteve na mesa de outro craque: Adriano Imperador. O centroavante recebeu o ex-presidente do Galo em sua casa no Rio de Janeiro, mas não respondeu a oferta recebida.
“Seis meses antes fiz a mesma coisa com o Adriano Imperador. Agora não tem mais segredos. Ofereci a mesma coisa que tive com o Ronaldinho, mas ele nem me respondeu. Fui a um condomínio dele na Barra da Tijuca, no Rio. Quem me levou foi o Guilherme, centroavante que jogou no Atlético. Ele em forma é centroavante de qualquer time do mundo”, avaliou.
Outra negociação frustrada na era Kalil foi a do técnico Tite, procurado depois da saída de Cuca. “O Tite foi tentado logo que o Cuca saiu. Ele estava na Europa, fazendo reciclagem. Conversei com ele e tentei contratá-lo. Agora não tem mais segredo”.
Mundial de Clubes
E o próprio Cuca foi tema da entrevista de Kalil, que frisou o problema cometido durante o Mundial de Clubes, no Marrocos, quando o Atlético foi eliminado pelo Raja Casablanca na semifinal.
“O Atlético errou na hora que o Cuca inventou para ir para a China. O salário dele era um coisa de outro mundo. Foi pegar a vida de um homem e colocar na minhas costas? Jogadores xingaram, perde respeito. Falo isso porque ele é meu amigo e gosto muito dele”, finalizou.
Por fim um assunto indigesto esteve em pauta, o caso Anelka. Kalil se mostrou chateado por ter acreditado no irmão do jogador.
"Se eu não tivesse sentado com o irmão do Anelka e o cara ter assinado papel na minha frente, eu não falaria nada. O Robson (empresário) me ligou e conversamos. O Anelka estava em um país da África, não sei. Depois disse que não tinha nada com o irmão. Então eu disse: 'estou doido'. Eu sou um cara de boa fé. Agora o cara me diz que o Thierry Henry quer vir, eu peço que ele venha pessoalmente. Com empresário que eu não conheço é assim".

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