LEGADO


Kalil reflete sobre gestão e diz que ensinou o Galo a gostar de vencer

Ex-presidente alvinegro avalia que fato mais marcante de seus seis anos de mandato foi mudar a mentalidade do clube
PUBLICADO EM 15/12/14 - 23h40
DA REDAÇÃO
@SUPER_FC
Duas semanas depois de encerrar seu mandato como presidente do Atlético, Alexandre Kalil refletiu sobre sua gestão, que durou seis anos. O cartola disse que o principal legado que deixou ao clube foi a mudança de mentalidade, o ensinando a gostar de vencer, e garantiu que não pretende interferir na administração de seu sucesso, Daniel Nepomuceno.
Kalil frisou que se sente realizado em ter sido presidente do seu clube do coração e se orgulhou de ter 'dado casa' ao Galo, ressaltando que o time joga no Mineirão e no Independência quando bem entender.
“Eu só enxergo o futebol com paixão. Eu não gosto de futebol, gosto do Atlético. Eu não me enxergo hoje morrer sem ser presidente do Atlético. Meu maior acerto foi colocar na cabeça do Atlético que nós tínhamos que parar de perder e gostar de ganhar. As duas coisas na minha gestão foram marcantes: a primeira foi colocar o Atlético no caminho, com título ou sem, e a segunda foi dar uma casa para o Atlético. É o único time no Brasil que tem duas casas. Joga no Mineirão a hora que quer e no Independência”, disse, em entrevista ao canal Fox Sports.
Questionado sobre qual postura pretende tomar agora como ex-presidente, sobretudo por sua fama de centralizador, Kalil assegurou que vai se distanciar do futebol e apenas opinará quando Nepomuceno o solicitar. O cartola revelou também que houve forte campanha para que ele se reelegesse.
“É muita estupidez você querer mandar sem se expor. Não faltaram conselheiros que propuseram que eu continuasse. O Atlético não teve candidato, o único foi o nosso, de toda a diretoria do Atlético, só eu saí”, afirmou.
“Eu não quero ser inimigo, não quero mandar neles, estou à disposição dele, tem meu telefone. Quando quiser me liga, mas não tem que ficar me ligando, ele é um menino esperto, foi meu vice por seis anos, andou comigo, é um cara do bem. Se eu quisesse mandar era uma canetada. Não quero ficar mandando. Não vou me meter sobre contratação, se ele quiser, me liga”, completou.
Com o mandato encerrado, Kalil coloca fim também a uma promessa feita recentemente: que não iria ao Mineirão caso o Galo conquistasse o título da Recopa Sul-Americana. O feito foi alcançado e o cartola se ausentou de momentos importantes do Atlético no Gigante da Pampulha este ano, como as goleadas sobre Corinthians e Flamengo, além da vitória em cima do Cruzeiro que levou o Galo à conquista inédita da Copa do Brasil. Mas o trato valia apenas enquanto estivesse à frente do clube.
“Desde que o Atlético foi campeão da Recopa eu prometi que não iria no Mineirão enquanto eu fosse presidente. Não fui no 4 a 1 no Flamengo, no 4 a 1 no Corinthians, no Atlético x Cruzeiro, não fui em nenhum. Mas é enquanto eu fui presidente”, encerrou.