domingo, 4 de janeiro de 2015

Jogadores que voltam viram ‘moeda de troca’ para o clube


Dez atletas retornam de empréstimo, mas diretoria não definiu se vai negocia-los ou re
PUBLICADO EM 14/12/14 - 04h00
THIAGO NOGUEIRA E FERNANDO ALMEIDA
Neste período de entressafra no futebol brasileiro, a expressão “moeda de troca” aparece com mais frequência no vocabulário das negociações. No Atlético, que tem dívidas equacionadas com a União de R$ 184 milhões e batalhas judiciais a encarar – como a que tenta a liberação de R$ 36 milhões da venda de Bernard –, o termo pode valer mais do que um mero contrapeso. Espalhados pelo Brasil, o Galo tem dez atletas vinculados ao clube que, dependendo de uma boa transação, podem até valer de uma “bolada” ou um “trocado”.
O meia Giovanni Augusto, com uma boa temporada pelo Figueirense, interessa a clubes da Coreia do Sul, Arábia Saudita e Rússia. Pelo Sport, o lateral-direito Patric recebeu elogios com atuações ofensivas. Foram sete gols no Brasileiro, artilheiro do time, e a equipe de Recife tenta prorrogar seu vínculo. Sem muitas chances no Atlético, o volante Fillipe Soutto foi emprestado ao Joinville em setembro e contribuiu para o título da equipe na Série B. Ele interessa ao Goiás.
Coincidentemente, esses três jogadores estiveram juntos na temporada 2011, o último ano sombrio no Galo, que brigou contra o rebaixamento. Por causa da fase ruim, eles acabaram não se firmando na equipe. O Atlético ainda não decidiu o futuro dos atletas e, se não forem negociados, têm chances de serem reaproveitados.
Planejamento. Com um grupo que terminou a temporada com o título da Copa do Brasil, a manutenção da equipe virou prioridade da diretoria. O primeiro que tinha contrato por vencer e já renovou foi o volante Leandro Donizete. O zagueiro Edcarlos e o volante Josué ainda não acertaram novas bases salariais com a diretoria.
A definição de quem fica está diretamente ligada a quem pode ser reaproveitado. Com muitos volantes no elenco, fica difícil o aproveitamento de Serginho, o jogador mais velho (28 anos) e rodado da turma, com 169 jogos pelo alvinegro.
O certo é que todos já tiveram chances em um passado recente. Renan Oliveira, Nikão e Leleu surgiram como grandes promessas, mas não vingaram o esperado. Em 2012, os atacantes Leonardo e Paulo Henrique participaram da campanha do vice-campeonato brasileiro do Atlético como reservas de Jô.
Percentual. Para faturar em cima desses jogadores, o Atlético precisa negociá-los por venda ou empréstimo dentro de seu vínculo com o clube. Já aqueles jogadores formados na base, mesmo liberados por agora, podem gerar até 5% de receita em vendas futuras pelo fato de o Galo ser o clube formador.

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