27/12/2014 08h15 - Atualizado em 27/12/2014 08h15
Retrospectiva: Galo supera início de ano ruim e conquista títulos inéditos
Ano do Atlético-MG tem triunfo na Recopa e Copa do Brasil, Tardelli na seleção brasileira, saída de R10, revelações e decepções com Paulo Autuori e Jô
Por GloboEsporte.com
Belo Horizonte
O ano começou ruim, com perda do Campeonato Mineiro, saída de Ronaldinho Gaúcho e eliminação nas oitavas de final da Libertadores. Mas terminou de uma maneira que o torcedor jamais vai esquecer. Depois de uma campanha memorável, o Galo chegou ao inédito título da Copa do Brasil ao bater o Cruzeiro duas vezes na final - fechando 2014 sem perder para o rival. No Brasileirão, a campanha foi de recuperação, ficando no quinto lugar. Confira o que deu certo e o que deu errado na temporada atleticana.
DEU CERTO
Quando foram conhecidos os finalistas da Copa do Brasil, houve a expectativa de que Atlético-MG e Cruzeiro jogariam duas vezes no Mineirão, maior palco do futebol do estado. Mas Alexandre Kalil, presidente do Galo, bancou o seu mando de campo no Independência, palco bem mais modesto, mas casa do Alvinegro nos últimos dois anos e meio. O resultado foi positivo, já que o Atlético-MG venceu por 2 a 0 e deu um grande passo para a conquista inédita.
DEU ERRADO
Uma proposta milionária do futebol chinês encerrou a passagem de Cuca pelo Atlético-MG em meio à disputa do Mundial de Clubes, ainda em dezembro de 2013. Ainda no Marrocos, país-sede da competição, o então presidente Alexandre Kalil bancou a contratação do técnico Paulo Autuori para a temporada seguinte. O time perdeu o Mineiro para o arquirrival e fez uma campanha decepcionante na Libertadores. A demissão veio às vésperas do jogo de volta das oitavas de final frente ao Atlético Nacional (Colômbia), mas já era tarde para conseguir a vaga e voltar a empolgar.
O CARA
A saída de Ronaldinho Gaúcho do clube logo após a conquista da Recopa fez bem a Diego Tardelli. Ele se tornou protagonista da equipe, com direito a retorno à seleção brasileira depois de quatro anos ausente. O ápice com a amarelinha foi diante da Argentina, no Superclássico das Américas. Ele marcou dois gols e caiu nas graças de Dunga.
A PERDA
Ele atraiu holofotes, multidões e dinheiro. Ronaldinho Gaúcho foi uma espécie de furacão na história do Atlético-MG. Desde a sua chegada, em meados de 2012, o jogador mudou a rotina do clube alvinegro. E, após chegar sob desconfiança, mostrou que ainda tinha futebol para mostrar e levou o Galo aos títulos inéditos da Libertadores e da Recopa Sul-Americana. Em 2014, não foi tão bem e encerrou o casamento após quase dois anos.
A REVELAÇÃO
Jemerson era a última opção para a zaga, tanto que só entrou no time após a cirurgia de Réver e a saída de Otamendi. O defensor de 22 anos teve a sua chance em uma fria. Edcarlos se machucou nos primeiros treinamentos para a primeira partida da decisão da Recopa, na Argentina. A responsabilidade caiu sobre o jovem, que foi um dos melhores em campo frente ao Lanús. Desde então, ele se tornou peça fundamental no time de Levir e ganhou até o apelido de Luisinho pelos companheiros, em referência a um dos melhores zagueiros da história do Atlético-MG.
A VITÓRIA
O Galo já havia conseguido uma façanha frente ao Corinthians nas quartas de final da Copa do Brasil. E na semifinal a história se repetiu, só que com um pouco mais de dificuldade. Com 2 a 0 de vantagem obtida no Maracanã, o Flamengo saiu na frente no Mineirão aos 33 minutos do primeiro tempo. Precisando de quatro gols, Luan, Tardelli, Dátolo e companhia correram atrás e conseguiram o placar de que precisavam nos minutos finais. A vaga veio de forma dramática e em cima de um dos maiores carrascos de sua história.
O GOLAÇO
O foco do Galo no fim da temporada era todo na Copa do Brasil. Por este motivo, Levir Culpi escalou um time formado apenas por reservas para encarar o Palmeiras, no Pacaembu. Mas o que poderia se tornar uma chance para o Verdão sair do desespero acabou se transformando num pesadelo, com direito a golaço. O jogo já estava 1 a 0 para o Galo quando Dodô recebeu na frente da área e com um só drible tirou dois marcadores da jogada. Fernando Prass saiu para tentar abafar, mas ele mandou para a rede num toquinho à la Romário.
A DEFESA
A vaga na Libertadores ainda era vislumbrada pelo Brasileirão, e o adversário era a Chapecoense, dentro do Independência. O jogo estava 1 a 0, gol de Douglas Santos, mas não estava tão fácil quanto o torcedor poderia imaginar. Um empate frustrante dentro de casa se desenhou quando Bruno Rangel subiu sozinho no meio da área e cabeceou no contrapé de Victor. Mostrando muito reflexo, o camisa 1 conseguiu evitar o gol. Na sequência da jogada ele teve trabalho mais duas vezes antes de ficar com a bola e sofrer a falta. A defesa garantiu os três pontos para o Galo
O MICO
No início de abril, o então presidente Alexandre Kalil usou sua conta no Twitter para anunciar mais uma contratação de impacto: o francês Anelka. Mas o que era um negócio certo se tornou imbróglio para em seguida se transformar num grande mico. O jogador chegou até a divulgar um vídeo em que afirmava nunca ter negociado com o Atlético-MG. Depois de muita polêmica, o mandatário veio a público mostrar documentos que comprovariam o acerto, esculhambou o jogador e agentes e deu por encerrado o negócio que não vingou.
A DECEPÇÃO
Artilheiro da Libertadores de 2013, Jô parecia ter dado a volta por cima na carreira deixando baladas e confusões extracampo no passado. Em 2014, tornou-se reserva imediato de Fred na seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo. Mas, assim como a Seleção fracassou, ele parou de marcar gols e caiu em desgraça no próprio Atlético-MG. Faltas a treinos, confusões extracampo e problemas familiares se tornaram rotina. Levir e a diretoria chegaram a perdoar na primeira vez, mas uma confusão no hotel em que a delegação estava hospedada em Curitiba foi a gota d’água para o afastamento do atacante. André e Emerson Conceição também estavam na confusão e tiveram o mesmo destino
A FRASE
Não bastou apenas ser campeão da Copa do Brasil - título inédito para o clube - e em cima do maior rival, na casa dele. A festa atleticana no Mineirão também terminou com provocações ao Cruzeiro. O atacante Luan, um dos nomes da equipe na temporada, não titubeou e mandou o recado para todos:
O Cruzeiro treme quando pega o Galo.
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