sábado, 22 de setembro de 2012

20/09/2012 - 06h00

Sem saudade da 'era Luxa', torcedores atleticanos prometem pressão sobre treinador do Grêmio
Bernardo Lacerda
Do UOL, em Vespasiano (MG)
O jogo com o Grêmio, no próximo domingo, às 18h30, no Independência, que é um confronto direto entre times que disputam as primeiras posições do Campeonato Brasileiro, marcará o reencontro do técnico Vanderlei Luxemburgo com a torcida do Atlético-MG na capital mineira. Depois de uma passagem sem deixar saudades, o treinador ainda não conseguiu derrotar o time atleticano em território mineiro pelas equipes que comandou.
Vanderlei Luxemburgo chegou com pompa e circunstância para comandar o Atlético-MG em 2010, sendo recebido com muita confiança pela torcida atleticana, que via nele a chance de voltar a comemorar um título nacional. Isso não aconteceu. Com o badalado técnico, o time atleticano conquistou apenas o título mineiro, foi eliminado precocemente da Copa do Brasil pelo Santos e deixou o clube na zona de rebaixamento do Brasileiro.
Sem saudades da ‘era Luxemburgo’, a torcida atleticana pretende fazer o treinador gremista sofrer com forte pressão no Independência. “Se depender de mim, vou vaiar o Luxemburgo o jogo todo. Ele não me deixou saudade alguma, desmontou o time do Atlético, contratou barcas, jogadores ruins e se tivesse ficado mais duas rodadas em 2010 teria derrubado o Atlético”, disse o torcedor Robson Souza Silva, de 28 anos.
Vanderlei Luxemburgo foi a principal aposta de Alexandre Kalil para comandar o Atlético, porém, o treinador que assumiu o Grêmio em 2012 e faz campanha bem diferente pelo tricolor gaúcho, onde briga pelo título, viveu situação bem diferente do esperado. Ele comandou a equipe alvinegra por 53 jogos, em oito meses, quando conquistou 22 vitórias, 12 empates e teve 19 derrotas.
No Atlético, o treinador fraturou uma das pernas em uma brincadeira com bola com o genro Fabiano, à época jogador atleticano. Ele chegou a utilizar cadeira de rodas para comandar treinos do time. Sem bons resultados no Brasileiro, Luxemburgo perdeu a “mão” do grupo atleticano, que ficou insatisfeito com algumas posições do comandante, e deixou o clube.
No domingo, o treinador gremista reencontrará o torcedor atleticano de Belo Horizonte. Nas últimas duas vezes em que atuou contra o Atlético, em Minas, ambas no comando do Flamengo, os jogos foram realizados na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Ainda em 2010, o Atlético-MG goleou por 4 a 1 e, ano passado, houve empate, em 1 a 1.
Na volta ao Independência, Luxemburgo vai conviver com clima de pressão. “Ele não foi o único culpado, mas foi um dos grandes, não deixou saudade nenhuma para a torcida. A gente apostou que ele daria certo, mas acabou sendo um fiasco, com discurso pronto para cada derrota, sempre falando que o time estava no caminho certo”, lembrou a atleticana Ana Maria Reis.
Ao todo, foram quatro reencontros de Luxemburgo com o Atlético desde o segundo semestre de 2010, quando o técnico deixou o comando atleticano, ainda no Rio de Janeiro, quando foi batido pelo Fluminense. E ele só saiu vencedor do confronto uma vez, por 3 a 1, no Rio, pelo Flamengo. Além da goleada, Luxemburgo foi derrotado outra vez, este ano, na sétima rodada do primeiro turno do Brasileiro, pelo Grêmio, por 1 a 0, em Porto Alegre.
O volante Serginho, que atuou sob comando de Luxemburgo em 2010, mas não foi titular absoluto, diz ser grato por ter trabalhado com o treinador. “Tive oportunidade de trabalhar com o Luxemburgo, tenho muito respeito ao Luxemburgo, eu estava voltando de lesão e ele me deu moral e apoio para jogar, tenho muito respeito a ele”, disse.
O zagueiro Leonardo Silva reconhece importância de respeitar Vanderlei Luxemburgo e pede atenção com o tricolor gaúcho. “O Grêmio é uma equipe forte, perigosa, comandada por um treinador experiente, vai ser um jogo ainda mais difícil”, afirmou.

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