quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Situação é outra, tchê!

Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:17/07/2012 07:00
Um ano depois de viver um pesadelo na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas – derrota de goleada por 4 a 0 –, o Atlético vai reencontrar o Internacional, amanhã, às 21h50, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião, o vexame abalou a estrutura alvinegra e Dorival Júnior, então treinador da equipe, por muito pouco não foi demitido. Curiosamente, o técnico está hoje do outro lado, à frente de um grupo forte, apesar das ausências de Oscar e Leandro Damião, que servem à Seleção Brasileira. Além disso, o Galo jamais venceu o Colorado na era dos pontos corridos. Contra o retrospecto desfavorável, porém, o Galo conta com uma equipe entrosada, que tem jogado um futebol convincente, e motivada pela liderança isolada da competição.
De qualquer forma, os atleticanos esperam por um jogo difícil. Talvez o mais complicado para o time no Nacional até agora. “Será um jogo dificílimo. O Inter vive uma década de respeito. Então, sempre monta equipes muito fortes. Não temos de nos apegar a resultados de outros anos. Este é o primeiro jogo entre nós de 2012. E a gente vai jogar em casa. Além disso, quem quer continuar líder e ser campeão tem de passar pelo Colorado”, afirmou o atacante Guilherme, que deve ser titular diante dos gaúchos.
Guilherme foi fundamental no triunfo diante do Figueirense na rodada passada. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Danilinho e marcou o gol que definiu a vitória por 4 a 3.Agora, com a suspensão de Jô por causa do terceiro cartão amarelo, e a ausência de André, impossibilitado de jogar em razão de uma pendência financeira com o Dínamo de Kiev, poderá formar dupla de frente com Bernard.
O atacante, utilizado por Cuca como armador nas partidas em que atuou, tem características bem diferentes das de Jô. É atacante de origem, mas sempre atuou bem fora da área. Poucas vezes exerceu a função de pivô. Será difícil porque terei de jogar de costas, com dois, ou três marcadores de muita força, mas já atuei assim. Admito que há algum tempo não faço essa função, mas a gente pode fazer uma rotatividade. Enfim, não está confirmado este esquema. Se Cuca optar por mim, estarei preparado”, assegura.
O zagueiro Réver também pode enfrentar o Internacional. Recuperado de um problema no púbis, ele foi relacionado e afirma que ainda não tem condições de jogar os 90 minutos, mas se for necessário, vai para o sacrifício. “Ainda mais com a intensidade que estão sendo os jogos é difícil. Mas já tem uma semana que estou me preparando, estava fazendo trabalho específico, estou à disposição, mesmo se tiver de jogar 90 minutos.”
Para o defensor, diferentemente do que pensa Guilherme, o Atlético tem de aproveitar a ausência de jogadores importantes na equipe do Sul para permanecer na ponta do campeonato. “O Inter perdeu alguns jogadores que estão fazendo a diferença, vamos ter de aproveitar que estamos em uma crescente e ganhar uma gordurinha para queimar lá na frente, já que o campeonato é muito disputado. Mas não podemos cair nesta coisa de euforia.”
IMBRÓGLIO A situação do atacante André, ainda vinculado ao Dínamo de Kiev, precisa ser resolvida até sexta-feira, quando encerra o período de transferências internacionais. Caso contrário, ele será obrigado a retornar para a Ucrânia. O contrato do atacante com o Galo terminou no início de julho. O Atlético, juntamente com um grupo investidor, teria de pagar 5,8 milhões de euros (R$ 14,48 milhões). Mas só fará o pagamento quando o clube ucraniano quitar uma dívida de quase R$ 300 mil que tem com o atleta. Ontem, o Santos manifestou, oficialmente, interesse pela volta do atacante à Vila Belmiro, por empréstimo de um ano. O diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, afirmou que o clube não vai comentar sobre o assunto.

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