quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Números históricos comprovam equilíbrio entre ataque e defesa do atual Atlético

Luizinho: segurança e respeito na zaga alvinegra
Reinaldo: sinônimo de gols


Sintonia entre os dois setores garante destaque e liderança do Brasileirão
Thiago de Castro - Superesportes
Publicação:20/08/2012 18:26
Atualização:20/08/2012 19:23
Qual é o ponto forte do Atlético, o ataque ou a defesa? A principal marca alvinegra no Campeonato Brasileiro de 2012 é o equilíbrio perfeito entre os dois setores. A sintonia fina encontrada por Cuca faz o time atual se destacar historicamente frente à gerações marcantes, como a de João Leite, Luizinho e Reinaldo, nos anos 70 e 80, e a de Guilherme e Marques, nos anos 90 e 2000.
Na prática, não é errado afirmar que, quando o Galo teve sua força voltada para a defesa, o ataque não brilhava. A teoria contrária também se aplica, nas edições da Série A do Brasileirão, desde 1971. Em 2012, os dois setores caminham positivamente, fato que é decisivo para a excelente campanha alvinegra e o título simbólico antecipado do turno.
Os anos de 1977 e 1980 são exceções ofensivas, no entanto. O ataque, sob o comando de Reinaldo, marcou época. A defesa teve média inferior a um gol sofrido por jogo. Mas o clube ficou com o vice-campeonato. Entretanto, caso a disputa fosse de pontos corridos, o título seria alvinegro.
A sintonia desses dois anos é novamente aplicada em 2012. Desta vez, ela pode finalmente resultar no bicampeonato brasileiro.
As melhores defesas
Em quatro temporadas, a defesa do Atlético teve número mais expressivo do que o atual. Na era de grandes jogadores como João Leite, Luizinho, Osmar Guarnelli e Batista, a média de gols sofridos era menor do que 0,64. Esta é a atual performance demonstrada pela defesa liderada por Victor, Leonardo Silva e Réver.
Nestas temporadas, no entanto, os números ofensivos brecaram melhores campanhas no Brasileirão.
MELHORES DEFESAS
Entre parênteses, os principais jogadores do setor
1987 (João Leite, Batista e Luizinho) – clube foi semifinalista
Jogos: 17
Gols contra: 9 (média de 0,52 por jogo)
Gols pró: 23 (média de 1,35 por jogo)
1979 (João Leite, Batista e Osmar Guarnelli) - clube foi eliminado na terceira fase
Jogos: 19
Gols contra: 11 (média de 0,57 por jogo)
Gols pró: 18 (média de 0,94 por jogo)
1978 (João Leite, Márcio e Vantuir) – clube foi eliminado na segunda fase
Jogos: 20
Gols contra: 12 (média de 0,6 por jogo)
Gols pró: 24 (média de 1,2 por jogo)
1986 (João Leite, Batista e Luizinho) – clube foi semifinalista
Jogos: 32
Gols contra: 20 (média de 0,62 por jogo)
Gols pró: 39 (média de 1,21 por jogo)
2012 (Victor, Leonardo Silva e Réver) – clube é líder do Brasileirão
Jogos: 17
Gols contra: 11 (média de 0,64 por jogo)
Gols pró: 31 (média de 1,82 por jogo)
Os melhores ataques
O setor ofensivo do Galo é o melhor do atual Campeonato Brasileiro. A média de gols de outros cinco anos do clube foram melhores, contudo.
Em 1999, 2001 e 2002, quando Guilherme e Marques principalmente se destacaram, o ataque era o grande trunfo do clube. Mas a defesa deixava a desejar.
Em 1977 e 1980, houve um melhor equilíbrio entre os dois setores. O Galo teve o melhor desempenho geral entre todos os clubes, mas acabou ficando sem o título, perdendo para São Paulo e Flamengo, respectivamente.
MELHORES ATAQUES
Entre parênteses, os principais jogadores do setor
1977 (Reinaldo, Marcelo e Ziza) – clube foi vice-campeão
Jogos: 21
Gols pró: 55 (média de 2,61 por jogo)
Gols contra: 16 (média de 0,76 por jogo)
1980 (Reinaldo, Éder e Palhinha) – clube foi vice-campeão
Jogos: 22
Gols pró: 46 (média de 2,09 por jogo)
Gols contra: 16 (média de 0,72 por jogo)
1999 (Guilherme, Marques e Belletti) – clube foi vice-campeão
Jogos: 29
Gols pró: 56 (média de 1,93 por jogo)
Gols contra: 42 (média de 1,44 por jogo)
2002 (Mancini, Marques e Kim) – clube foi eliminado nas quartas de final
Jogos: 27
Gols pró: 52 (média de 1,92 por jogo)
Gols contra: 51 (média de 1,88 por jogo)
2001 (Ramon, Guilherme e Marques) – clube foi semifinalista
Jogos: 29
Gols pró: 54 (média de 1,86 por jogo)
Gols contra: 36 (média de 1,24 por jogo)
2012 (Bernard, Ronaldinho e Jô) – clube é líder do Brasileirão
Jogos: 17
Gols pró: 31 (média de 1,82 por jogo)
Gols contra: 11 (média de 0,64 por jogo)
Nos pontos corridos
Desde 2003, na "era dos pontos corridos", nenhum time do Atlético teve melhores marcas no ataque ou na defesa em relação à equipe de Cuca. Considerado a Série A do Brasileirão, excetuando 2012, o melhor desempenho é justamente de 2003. O ataque teve média de 1,65 gols marcados por jogo. A defesa teve média de 1,34 gols sofridos. O desempenho da retaguarda foi igualado em 2007.

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