Paulo Galvão - Estado de Minas
O Atlético termina 2009 sem comemorar nenhum título e tendo decepcionado profundamente sua torcida ao perder os últimos cinco jogos na temporada, o que o alijou não só da disputa pelo título brasileiro como também o deixou de fora da Copa Libertadores do ano que vem. A queda de rendimento no Nacional, aliada aos fracassos na Copa do Brasil e no Campeonato Mineiro, fez o presidente Alexandre Kalil, que se considera um torcedor com poderes, dizer que “o ano foi jogado no lixo” no que se refere ao futebol. Mas ele também viu pontos positivos na temporada, principalmente na parte administrativa e de estrutura. Para que 2010 seja melhor, ele decidiu demitir o técnico Celso Roth, substituído por Vanderlei Luxemburgo, maior vencedor de brasileiros da história, com cinco conquistas. Com mais dinheiro, vindo de contratos de patrocínio e do novo fornecedor de material esportivo, ele poderá montar uma equipe forte, permitindo ao torcedor finalmente soltar o grito de campeão da garganta. Nesta entrevista ao Estado de Minas, ele faz um balanço do ano atleticano e fala sobre o futuro do clube alvinegro.
Como o senhor analisa o ano do Atlético?Foi decepcionante não ter sido campeão brasileiro ou mesmo conquistar uma vaga na Copa Libertadores, mas o clube retomou seu lugar no cenário nacional, a ser grande, respeitado. Claro que a torcida não está satisfeita com os resultados, como também não estou, mas houve pontos positivos. O clube evoluiu, não faltou nada na Cidade do Galo.
Segundo o senhor, o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo para 2010 é praticamente o dobro do deste ano. Onde serão aplicados esses recursos?O aumento da receita vai todo para o futebol. E aí não é só contratar treinador de primeira linha ou reforços de ponta, o que está sendo feito. Entram também as melhorias enormes feitas na Cidade do Galo (troca de gramado, compra de aparelhos para a sala de musculação, equipamentos para o departamento de fisiologia, entre outras), a atenção que damos às categorias de base. O que digo é que tudo vai para o futebol.
O senhor anunciou a renovação antecipada do contrato do técnico Celso Roth, mas o demitiu tão logo acabou a participação do Galo no Brasileiro. Foram as cinco derrotas seguidas que o fizeram mudar de ideia?Houve um desgaste muito maior do que o esperado, tanto do ex-treinador com a diretoria quanto com os atletas. Vínhamos acompanhando tudo de perto e achamos que era hora de mudar o comando e tentar uma cartada mais alta. No futebol você tem de agir rápido. Foi o que fizemos, contratando o treinador mais vitorioso do Brasil.
O senhor disse que o ano do Atlético foi jogado no lixo no que se refere ao futebol. A partir daí, podemos concluir que teremos muitas contratações para 2010?Acho que vamos repor cerca de 20% da equipe. A base será mantida e o próprio Vanderlei (Luxemburgo) já disse que teremos reforços pontuais. A intenção é que, com três atletas de nível, possamos ter uma equipe em condições de brigar por títulos e conquistá-los.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário