sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Linha de trás com nova cara (18/12)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Aos poucos, o Atlético vai ganhando uma nova cara para 2010. E, pelo jeito, a principal preocupação da diretoria e do técnico Vanderlei Luxemburgo é com o sistema defensivo, pois nada menos de três dos quatro contratados esta semana são do setor, o mais recente deles o goleiro Renê, que chegou ontem a Belo Horizonte para fazer exames médicos – antes vieram o lateral-esquerdo Leandro, o zagueiro Jairo Campos e o atacante Muriqui, único que atua mais à frente entre os novatos. A preocupação tem sentido, pois a defesa foi um dos pontos mais vulneráveis do Galo na temporada. O time sofreu 82 gols em 64 jogos durante o ano, média de 1,28 gol por partida, números que pioraram bastante com a queda vertiginosa de rendimento na reta final do Campeonato Brasileiro. Nos últimos sete jogos, no qual acabou derrotado seis vezes, o alvinegro sofreu 16 gols, resultando na péssima média de 2,28 gols a cada vez que entrou em campo. A irregularidade defensiva acabou provocando rodízio no gol atleticano, pelo qual passaram nada menos que cindo atletas. O primeiro foi Juninho, que estava no clube desde 2007, mas que cometeu algumas falhas que levaram a diretoria a contratar Aranha – pouco depois, Juninho acabou rescindindo contrato. Foi para o Juventude, que, com ele no gol, foi rebaixado para a Série B. O ex-ponte-pretano vinha se firmando, principalmente por transmitir maior confiança aos companheiros, mas depois de 13 jogos, nos quais sofreu 14 gols, teve um estiramento na coxa esquerda. Seu substituto, Bruno, formado nas categorias de base alvinegras, mostrou qualidade no começo, mas sucumbiu com o mau momento do time no fim do primeiro turno do Brasileiro, quando chegou a ficar seis jogos sem vencer. Ele chegou a ceder lugar a Édson devido a uma contusão, mas o prata da casa, que já não inspirava muita confiança no torcedor, devido às suas constantes falhas, fracassou no empate por 2 a 2 com o Avaí, no Mineirão e a direção do clube decidiu liberá-lo. Contratado no início de setembro para tentar resolver o problema da camisa 1 atleticana, Carini chegou com moral e fez boas partidas, o que não impediu que o Galo, em queda livre, sofresse reveses seguidos e acabasse longe não só da briga pelo título do Brasileiro, mas também fora da Copa Libertadores do ano que vem. Aos 32 anos e com passagens por diversos clubes brasileiro, Renê garante estar preparado para a pressão e também para a disputa com Carini. “Venho para buscar meu espaço, sempre com muito respeito. Chego para trabalhar forte e estar preparado para quando a oportunidade surgir. Outros tiveram a chance e tenho certeza que a minha vai chegar”, disse ele, que considera fundamental a presença de Luxemburgo para ter aceito a proposta do Galo. “Ele é vitorioso e onde está você sabe que haverá uma equipe campeã. E trabalhando com ele vou fazer parte dessa equipe.” PROBLEMA LUSITANO Ao mesmo tempo em que o goleiro realizava exames na capital mineira, em São Paulo surgia a notícia de que ele teria assinado contrato com a Portuguesa. Garante não ter firmado compromisso com qualquer clube e diz estar livre para fechar com o Galo. “Essa é a melhor oportunidade de minha carreira e veio no momento ideal.”

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