Paulo Galvão - Estado de Minas
Considerada por parte da torcida um dos pontos fracos do Atlético em 2009, a lateral esquerda já tem postulante para 2010. O experiente Leandro, de 30 anos, chegou a Belo Horizonte na noite de domingo e ontem passou o dia sendo submetido a exames e avaliações. Se aprovado, assina contrato por um ano, pois já houve acerto entre o Galo e o Porto, com quem tem contrato até o meio do ano, e também das bases salariais.
Ele tentará acabar com o rodízio que se instalou na posição desde 2006. De lá para cá atuaram pelo lado canhoto da defesa atletas como Vicente, André Santos, Calisto, César Prates, Agustín Vianna, Bruno Barros e Paulo Rodrigues, além de Júnior e Wellington Saci, contratados este ano. Nenhum deles, porém, conseguiu tirar a camisa de titular de Thiago Feltri, bastante contestado pelos torcedores e cujo contrato se encerra no dia 31, devendo se transferir para Goiás ou Botafogo.
Com passagens por grandes clubes, como Cruzeiro, Fluminense e Palmeiras, Leandro encara a situação com naturalidade e garante estar pronto para tentar resolver o problema. “As cobranças são normais quando se atua em time do porte do Atlético e você tem de estar preparado. Lembro que, quando cheguei ao Cruzeiro (em 2002), fui bastante questionado, pois tinha a missão de substituir o Sorín, um ídolo. Venci as desconfianças trabalhando com humildade e respeitando todos os companheiros. Vou repetir a receita para me sair bem também no Atlético”, argumentou o jogador, que defendeu o Vitória no último Campeonato Brasileiro.
Para ele, muitas vezes as cobranças são até exageradas, mas não há outra coisa a fazer a não ser tentar se sair bem em campo. “Se você joga de ala, tem mais liberdade e as pessoas querem que você marque 15 gols na temporada. Já como lateral, precisa se preocupar mais com a marcação, mas mesmo assim exigem que vá à frente e apareça na área adversária. Fica difícil, é preciso treinar para que tudo saia como desejado.”
Leandro já havia acertado a transferência para o Atlético quando Celso Roth era o treinador. Com a chegada de Vanderlei Luxemburgo, o negócio não só se concretiza como deixa o jogador ainda mais animado. Afinal, foi sob o comando do técnico pentacampeão brasileiro que ele atingiu o ápice da carreira, em 2003, no clube celeste.
“Onde trabalhei com o Luxemburgo fui campeão e até brinquei com ele, quando estávamos no Palmeiras, que ele tinha de me levar para onde fosse para conquistar títulos. Temos uma boa amizade e acho que tem tudo para que 2010 seja um ano de alegrias para mim e para o Atlético”, afirmou. Em 2005, o lateral foi vendido ao Porto, de onde voltou para o Cruzeiro no ano seguinte. Porém, uma contusão sofrida ainda no clube português o impediu de repetir as boas atuações e ele acabou passando por Palmeiras, Fluminense e Vitória.
A expectativa é de reviver os bons momentos na volta a Belo Horizonte, agora vestindo a camisa alvinegra. “Estou bem, livre das contusões, tanto que fiz um bom Brasileiro. Vamos procurar fazer uma boa pré-temporada e, com todo mundo com o mesmo objetivo, poderemos alcançar nossos objetivos.”
BRASILEIRO SUB-20 O Atlético perdeu para o Grêmio por 2 a 1, ontem à noite em Santa Maria-RS e enfrenta na próxima rodada o Atlético-PR, que perdeu para o Avaí por 2 a 0. Tem a obrigação de vencer para se classificar à próxima fase.
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