quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Em meio à frustração, Roth mapeia Galo 2010 (01/12)


Celso Roth: trabalho de construção
Daniela Mineiro - Portal Uai
Rodrigo Fonseca - Portal Uai


Fora da disputa pela taça e pela vaga na Libertadores, técnico pede equilíbrio para manter trabalho de 'construção' do time


O clima na reapresentação do Atlético, nesta terça-feira, era de desânimo. Ninguém escondia o abatimento pelos resultados negativos que acabaram com as chances do time na briga pelo título do Campeonato Brasileiro e pela vaga na Copa Libertadores, decepcionando os torcedores. O jogo de despedida do Galo, sábado, contra o Corinthians, no Mineirão, é apenas para cumprir tabela. Em meio a tudo isso, o técnico Celso Roth tenta manter o equilíbrio para seguir o que ele chama de trabalho de reconstrução do Atlético.
Se após a derrota para o Palmeiras, domingo passado, Roth havia sinalizado com mudanças no planejamento para 2010, nesta terça-feira ele mudou o discurso:
“A participação numa Libertadores obviamente tem o plus financeiro. Quando a gente não consegue a classificação, e pensávamos em título, o grande ponto é a manutenção daquilo que a gente mapeou com a direção. É difícil, é complicado, frustrante o sentimento que temos agora, mas para quem veio para o Atlético para fazer um trabalho de construção, como seria e foi esse ano, temos que ter a cabeça absolutamente equilibrada para seguir o nosso mapeamento, feito antes desses resultados. Óbvio, quando a gente consegue uma classificação para a Libertadores, tem uma situação financeira, de marketing bem maior. Agora, temos que manter o mapeamento para que a gente, nesse trabalho de construção, siga uma boa base para o ano que vem”, disse.
Em meados de outubro, quando o Galo era o vice-líder do Brasileirão, Celso Roth chegou a dizer que o time ‘seria o campeão’, aumentando ainda mais a expectativa do torcedor. O treinador não se arrepende:
“Se eu tivesse dito ‘calma, gente, futebol tem que esperar o resultado final. Nosso trabalho aqui é de construção, não é para chegar lá. Se chegar lá, tudo bem. Mas vamos com calma’. O que diriam: ‘pensa pequeno’. Mas nós dissemos ‘vamos ser campeões’. Isso criou toda uma expectativa. Quem não souber lidar com isso, quem não tiver a noção exata do que foi feito aqui este ano, vai tomar aquelas atitudes de um time que não consegue o objetivo que parecia na mão”.
'Base está feita'
Ao contrario do presidente Alexandre Kalil, que definiu a temporada 2009 como ‘ano jogado no lixo’, Celso Roth viu muitos pontos positivos:
“Eu acho que o trabalho foi muito bem encaminhado. Criou-se uma expectativa altíssima e estamos agora pagando por ela. Mas o trabalho está muito bem encaminhado. A base está feita. É muito importante o torcedor saber disso, apesar que, nesse momento, ele não quer saber disso. O torcedor queria era o título e a Libertadores, com razão”, disse.
Entretanto, Roth sabe que qualifica o elenco para 2010 é essencial para evitar novas frustrações: “Óbvio que nós precisamos reforçar tecnicamente nosso time. Nós vimos na reta final, quando a competição ficou qualitativa, que tivemos problemas e não conseguimos passar adiante. Acho que ficou claro isso. Esse foi nosso problema na reta final do campeonato. Nós precisamos repensar alguma coisa, ter essa base e encaminhar o time para o ano que vem com a vinda de jogadores para qualificar mais ainda”.

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