Paulo Galvão - Estado de Minas
Se toda boa equipe começa por um bom goleiro, a torcida do Atlético tem razão de estar esperançosa para 2010. Afinal, Carini obteve a melhor média entre os atletas alvinegros durante o Campeonato Brasileiro na avaliação dos jornalistas do Estado de Minas, superando outro jogador da posição, Aranha, e também o artilheiro Diego Tardelli, que jogou 19 vezes mais.
O goleiro foi apresentado em 2 de setembro e estreou 17 dias depois. Na oportunidade, ele ajudou o Galo a garantir o empate sem gols com o Náutico, no Recife, em um jogo bastante disputado, mostrando logo seu cartão de visitas.
Mesmo que a equipe tenha caído de rendimento justamente quando ele começou a ajudar, o uruguaio fez sua parte em praticamente todos os jogos. Não recebeu menos que nota 5 em nenhuma das 14 vezes que defendeu o Atlético. No suado triunfo por 1 a 0 sobre o Vitória, em 24 de outubro, no Mineirão, recebeu nota 8 por pelo menos duas excelentes intervenções, fundamentais para que o alvinegro somasse três importantes pontos e se aproximasse da liderança na ocasião.
Até nos últimos cinco jogos do Brasileiro, no qual o Galo saiu derrotado em todos, ele conseguiu se sair razoavelmente bem. Principalmente contra o Flamengo, fez boas defesas e mostrou segurança, não tendo como impedir os três gols da equipe carioca. Já contra Internacional, Palmeiras e Corinthians não foi tão bem, mas não sucumbiu como o resto da equipe.
A expectativa da torcida é de que, na próxima temporada, Carini esteja ainda mais adaptado ao futebol brasileiro. Com ritmo de jogo, dominando melhor o português, ele poderá contribuir ainda mais para que o alvinegro conquiste bons resultados.
Em segundo lugar ficou outro goleiro, Aranha, titular no início do Nacional. Uma contusão, porém, o impediu de dar sequência ao trabalho, o que poderia ter-lhe garantido notas melhores e, consequentemente, o primeiro lugar no “pódio” da avaliação.
O gol atleticano, aliás, viveu verdadeiro rodízio. Além de Carini e Aranha, se postaram embaixo da meta alvinegra Édson e o jovem Bruno. Nada de se estranhar, se for levado em conta que o técnico Celso Roth usou nada menos que 44 atletas durante o Brasileiro, o suficiente para montar quatro times.
Quem poderia ter se saído melhor foi justamente Diego Tardelli. Nos últimos cinco jogos do ano, ele marcou apenas um gol, o que fez cair suas notas, prejudicando a boa média obtida ao longo do ano – ele foi o jogador que mais fez gols nas principais competições do Brasil este ano, tendo balançado as redes 42 vezes.
DIFERENÇASNa ótica dos avaliadores, no caso do Atlético tanto faz ter iniciado o Brasileiro no clube ou ter chegado já no segundo turno. Welton Felipe, por exemplo, vinha bem até se contundir, mas mesmo assim foi o quinto melhor, com média de 5,40, apenas 0,30 a mais que o sexto, o volante Correa, que só chegou no fim de agosto.
Jogar menos ou mais também não é garantia de melhor ou pior rendimento. O volante Jonílson foi um dos mais regulares do Galo, tendo atuado em 30 das 38 partidas da equipe e só ficou atrás do artilheiro Tardelli e dos goleiros Carini e Aranha.
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