Paulo Galvão - Estado de Minas
O Atlético vai jogar no 3-5-2, ao menos neste início de temporada, se resguardando na defesa, mas também buscando formas de ser eficiente também no ataque. Para isso, será fundamental a participação dos alas não só na armação das jogadas, mas também na chegada ao gol adversário, finalizando as jogadas. A intenção é que isso ocorra já na estreia em 2009, amanhã, no clássico com o Cruzeiro, pelo torneio de verão do Uruguai, em Montevidéu, para onde a delegação embarcou ontem, no começo da noite.
Nos treinos, o técnico Emerson Leão exigiu bastante de seus atletas para que as jogadas saiam como desejado. Pela direita, ele conta com Sheslon, mas tem preferido improvisar o volante Carlos Alberto. O jogador, que já desempenhou a função em seu ex-clube, o Corinthians, tem se saído bem nos treinamentos, principalmente quando entra em diagonal, surpreendendo os marcadores.
Mas é mesmo pela esquerda que o Atlético parece que vai ser mortal. Thiago Feltri tem mostrado muita desenvoltura, aparecendo sempre como opção. Uma prova de que o período emprestado ao Goiás, ano passado, o tornou não só mais experiente como o fez ganhar confiança, mesmo que ainda precise crescer tecnicamente, principalmente em fundamentos como a finalização.
Além de mostrar mais personalidade, o jogador, de 23 anos, e que foi questionado por parte da torcida no passado, tem contado com ajuda preciosa de alguém com muita experiência: o também lateral-esquerdo Júnior, que está sendo escalado por Leão como armador. O treinador, aliás, é quem dá a dica: “O Thiago Feltri pode aprender muito com o Júnior. Ele tinha nossa confiança antes (em 2007, quando comandou o jogador) e agora ainda mais, pois tem mostrado evolução e muito boa vontade”, afirmou o técnico alvinegro.
Júnior está disposto a fazer sua parte e já começou a orientar o companheiro. Com experiência no futebol nacional e internacional e na Seleção Brasileira, com a qual foi campeão do mundo em 2002, ele considera que Feltri tem muito potencial e poderá se tornar um dos melhores da posição. “Vou procurar ajudá-lo em tudo que for possível”, declarou o atleta, de 35 anos, que também tem no currículo títulos como o bicampeonato da Copa Libertadores e o Mundial de Clubes.
Para ele, o fato de parte da torcida não confiar no futebol do jovem lateral não deve abalá-lo. “Ele precisa se concentrar, pois, com boa sequência de jogos, vai ganhar confiança. Aí, ficará mais fácil dar alegria aos torcedores”, argumentou.
Mesmo considerando que disputar um torneio com tão pouco tempo de treino não é o ideal para nenhuma equipe, Júnior, como os demais atleticanos, está bastante animado para o clássico de amanhã. Segundo ele, será importante começar o ano com vitória, ainda mais sobre o maior rival.
Há uma semana no Galo, ele não se sente em condições de jogar 90 minutos de uma partida. Porém, espera contribuir da melhor forma possível, até por ser homem de confiança de Leão. “Sei da minha responsabilidade e vou procurar assumi-la. Sei que sair bem depende basicamente de mim e estou pronto para me doar ao máximo”, afirmou.
SEM TEMPO A PERDER Hoje à tarde, já em Montevidéu, Leão comanda o último treino antes do clássico. O local será definido pela manhã, entre duas opções oferecidas pelos organizadores do torneio de verão.
Independentemente dos resultados, a comissão técnica atleticana quer aproveitar a estada no Uruguai para dar sequência aos trabalhos da pré-temporada. Assim, os jogadores deverão ser um pouco mais exigidos do que quando jogam duas vezes em intervalo de cinco dias.
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