segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Começo de temporada... (26/01)

Lilian Monteiro - Estado de Minas

Para quem gosta de futebol é fácil entender. Os demais nunca decifrarão a emoção de ver o encontro do torcedor com o time do coração. Ontem, atleticanos, que nos últimos anos contabilizam mais frustrações do que alegrias (amargaram o centenário em branco), e americanos, que de dias de glória chegaram ao fundo do poço (Módulo II), renovaram a esperança. Na abertura do Campeonato Mineiro, Atlético e América, o clássico que já foi das multidões, reservou para a torcida um futebol que tem muito a melhorar e deficiências que precisam ser corrigidas já para o jogo de quarta-feira do Coelho, contra o Uberlândia, no Independência, e o de sábado, do Galo, contra o Tupi, em Juiz de Fora.
O Atlético mostrou ter dado um salto de qualidade em relação a 2008, mas só o entrosamento e a sequência de jogos definirão o quanto o grupo poderá render. É bom ter os pés no chão, porque muitos erros, naturais neste começo, apareceram. Já o América precisa reencontrar seu futebol, se adaptar às exigências da Primeira Divisão, depois de sofrer com o Módulo II.
Paciência é a palavra-chave. Os erros aparecem mais e a falta de entrosamento salta aos olhos. Com estas ressalvas, Atlético e América fizeram um primeiro tempo razoável, com o alvinegro melhor. O adversário, cauteloso, se empenhou na marcação. Com velocidade, movimentação e procurando diminuir os espaços dos americanos, obrigados a cometer faltas seguidas, os atleticanos foram superiores. Com o passar do tempo, o rendimento do time de Emerson Leão caiu e o Coelho ganhou tranquilidade.
O que se viu foi um jogo de desarmes e faltas desnecesárias. O Atlético apresentou ao torcedor algumas qualidades. Diego Tardelli cairá nas graças da torcida, Júnior Carioca deu boa impressão, Lopes deixou dúvidas e Carlos Alberto agradou pelo empenho. No América, expectativa quanto à produção de Luciano e o rendimento de Chico Marcelo.
MUDANÇA O América voltou melhor no segundo tempo. Passou a investir nas jogadas pela esquerda com Bruno Barros e com a entrada de Bruno Mineiro. A atitude americana obrigou o Atlético a se preocupar com a marcação. Tardelli passou a arriscar de longe e Éder Luís pecou por segurar demais a bola.
O Galo criava boas jogadas, mas falhava na conclusão. Ora finalizava mal, ora demorava demais, o que irritou a torcida. O América mostrou que pode evoluir, mas pareceu um time nervoso, ainda que recheado de jogadores experientes.
Os atleticanos reclamaram muito de uma entrada de Wellington Paulo em Thiago Feltri, que o árbitro não entendeu como pênalti.
A torcida perdeu o fôlego quando Juninho foi repor a bola e a chutou nas costas de Bruno Mineiro, que tocou para o gol. Leandro Almeida salvou quase em cima da linha. A resposta atleticana veio num contra-ataque, mas Raphael Aguiar chutou diante de Flávio, que defendeu.

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