Galos brigam pela afirmação (31/01)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Na primeira rodada do Campeonato Mineiro, o Atlético teve mais iniciativa, mas não passou de 0 a 0 com o América, no Mineirão. Hoje, diante do Tupi, às 16h, no Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora, o alvinegro da capital tenta conseguir a primeira vitória na competição, considerada muito importante pelos torcedores.
Apesar de esta ser apenas a segunda rodada e o regulamento do Estadual deste ano prever a classificação de oito das 12 equipes para a segunda fase, existe a preocupação no Galo de começar a vencer logo. Afinal, ninguém quer correr o risco de ver os primeiros colocados se distanciarem e muito menos começar a sofrer desconfiança da torcida logo no início de temporada, o que poderia prejudicar o trabalho que vem sendo feito.
A tarefa, porém, não deverá ser das mais fáceis. Além de estrear diante da torcida, o time do interior também busca o primeiro triunfo no Mineiro. Além disso, nesta “briga de Galos”, o Carijó defende vantagem em seus domínios, com 10 vitórias, oito empates e nove derrotas contra o rival. O Atlético, porém, tem a seu favor retrospecto recente favorável. Nos últimos três jogos, três vitórias, todas pelo Estadual do ano passado, sendo uma na primeira fase e duas nas semifinais.
Os atleticanos garantem estar preparados para superar os obstáculos e voltar a Belo Horizonte com três pontos e colados nos primeiros colocados. “Queríamos ter vencido o primeiro jogo, mas pegamos uma equipe forte, com jogadores experientes. Agora, treinamos bastante, aprimoramos as finalizações e vamos com mais vontade ainda para sairmos vitoriosos. Temos condições para isso, apesar de respeitarmos o Tupi, que nos últimos anos tem montado boas equipes e dado muito trabalho”, afirmou o atacante Éder Luís, lembrando que o adversário de hoje foi semifinalista nos dois últimos Mineiros.
Para triunfar, o técnico do Atlético, Emerson Leão, fez duas mudanças em relação à equipe que pegou o Coelho. O experiente Júnior assume a lateral esquerda no lugar de Thiago Feltri, e o volante Renan fica com a vaga do também recém-contratado Júnior Carioca. “Eles (Júnior e Renan) foram contratados para serem titulares. Como os dois que jogaram foram muito bem, aumenta a responsabilidade de ambos. É isso que queremos, um grupo em que haja disputa pela posição”, afirmou o treinador, mostrando confiança que os que estão entrando vão se sair bem, pois estão mais bem condicionados fisicamente.
Ele fez questão de ressaltar que, por outro lado, os que estão saindo não devem desanimar: “Gosto muito do futebol do Thiago Feltri, ele tem minha confiança. Já o Júnior Carioca eu não conhecia, mas ele foi bem e também faz parte do meu grupo”.
SACRIFÍCIO Tanto Renan quanto Júnior mostraram bastante motivação com a chance. Eles foram titulares no primeiro jogo da temporada – a derrota para o Cruzeiro, no torneio de verão do Uruguai –, mas acabaram substituído e submetidos a trabalhos especiais de condicionamento.
“Claro que ainda não é o ideal, mas já estou me sentindo bem melhor fisicamente. Vou procurar corresponder à expectativa e ajudar a equipe a conquistar a primeira vitória no Mineiro, o que nos dará mais tranquilidade para continuar trabalhando”, argumentou Renan.
Animado, ele se diz pronto para cumprir as determinações do treinador e se sacrificar para que os companheiros possam levar o time ao ataque. “Fico mais preso à marcação, fazendo cobertura. Mas é assim mesmo, alguém tem de carregar o piano.”