sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Galo aposta em Castillo (01/01)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Sem muitas opções no mercado, diretoria alvinegra torce que o boliviano consiga a liberação do Tecos, do México

Boliviano Castillo subiu de produção no fim da temporada e está bem cotado pelo técnico Leão

O ano novo se inicia sem muitas novidades para os atleticanos, que começam a ficar preocupados com a perspectivas para 2009. Até agora, o clube contratou apenas o volante Júnior, revelado pelo Flamengo e que foi dispensado pelo Grêmio em abril, e deverá ter pouquíssimas caras novas na reapresentação do grupo, segunda-feira, fazendo com que o técnico Emerson Leão tenha dificuldades até para comandar um coletivo, temor revelado por ele em sua apresentação, em 17 de dezembro. Afinal, nada menos que 12 atletas, cujos contratos venceram em dezembro, deixaram o clube. Destes, a diretoria ainda tenta manter o atacante Castillo. O jogador, apresentado juntamente com Petkovic, em 25 de março, como os grandes presentes do centenário alvinegro, deixou boa impressão na reta final da temporada, tendo atuado em 22 partidas e marcado três gols, todos pelo Campeonato Brasileiro. O problema é que os direitos do boliviano pertencem ao Tecos, do México, e será preciso convencer os mexicanos a reemprestá-lo por mais uma temporada. O próprio atleta se incumbiu de negociar com os mexicanos, e a diretoria atleticana aguarda uma posição. Além de manter o atacante, o Galo ambiciona trazer nomes de peso para qualificar o grupo. Leão considera ter atletas promissores em mãos, mas pediu cinco contratações para que eles possam render tudo o que podem e o time consiga bom rendimento em 2009. O diretor-executivo Bebeto de Freitas garante que a diretoria está trabalhando para atender ao treinador e diz que a contratação de Júnior foi “uma reposição” imediata. Assim, nomes de maior peso estão na mira do Atlético. “Tanto o presidente quanto o treinador concordam que é possível qualificar o grupo e estamos tentando. O problema é que o mercado não está fácil, nem para quem tem muito dinheiro, nem para os que têm pouco”, argumentou. Mesmo com os crônicos problemas financeiros, o presidente Alexandre Kalil garante que o clube tem condições de contratar como qualquer outro no Brasil. Para isso, conta com o apoio de parceiros, que estariam dispostos a investir em jovens com potencial de serem negociados futuramente. Alegando temor de atrapalhar as negociações, os nomes são mantidos em sigilo. CARÊNCIAS O Atlético precisa de reforços em praticamente todos os setores. No gol, Leão mostra-se preocupado com a relação em alguns momentos conturbada entre Juninho e Édson. Nas laterais, mesmo com Sheslon tendo terminado bem o ano e Thiago Feltri tendo feito um Brasileiro razoável pelo Goiás, também são pretendidos reforços. Com a chegada de Júnior, o treinador ganha mais uma opção para o meio-campo, mas o time precisa de um armador mais experiente, principalmente porque a promessa Renan Oliveira deve passar o ano servindo às seleções de base. No ataque, mesmo que Castillo fique, um centroavante também é desejado. O nome de André Lima surgiu no clube, mas esbarra no fato de o São Paulo querer dinheiro para liberá-lo. Na mesma situação está a contratação do lateral-esquerdo Jadílson.

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