Duelo de líderes em BH: análise dos pontos fortes de Atlético e Vasco da Gama
Jogo no Independência colocará frente a frente líder e segundo colocado do Nacional
Luiz Martini - Superesportes
Publicação:11/08/2012 09:00
Atualização:10/08/2012 16:44
O Brasileiro por pontos corridos não permite o sistema de mata-mata, com jogos eliminatórios e finais, mas o duelo entre Atlético e Vasco, no próximo domingo, às 16h, no Independência, terá todos os predicados de uma decisão. Líder da competição, o Galo tem 35 pontos, um a mais que o adversário carioca, e as duas equipes estão entre as favoritas ao título nacional.
Partidas desse porte costumam ser decididas nos detalhes e, por isso, o Superesportes fez uma análise dos pontos mais fortes de alvinegros e cruz-maltinos, que podem ser decisivos no embate. O jogo vale a liderança do Brasileiro e a vantagem do Galo, em relação ao Bacalhau, é que o time alvinegro tem um jogo a menos que o rival, em função da partida adiada contra o Flamengo.
Atlético
Dono da melhor defesa e do melhor ataque do torneio, o Atlético tem aproveitamento superior a 83% e um sistema tático marcado pelo 4-3-2-1, que dá consistência defensiva, velocidade nas laterais do campo e presença de uma referência na frente.
A dupla de zaga Réver e Leonardo Silva é uma das mais altas do Brasileiro, com destaque para a jogada aérea na defesa e no ataque. Juntos, eles marcaram cinco gols no torneio.
Da agilidade e do fôlego de Bernard e Danilinho, o Galo conta com dois meia-atacantes que acompanham os laterais adversários, além de avançarem para criar jogadas ofensivas, ao lado de Jô, que fica isolado e atua como homem de refência e importante em segurar a bola no ataque.
Por fim, o clube investiu na contratação de três peças que eram consideradas lacunas antigas na equipe. Para o gol, o Galo trouxe Victor. O arqueiro tem passagens pela Seleção Brasileira e segurança para suportar a pressão na meta atleticana. Junior César veio para suprir a falta de um lateral-esquerdo, com faltas de jogadores de destaque há mais de 10 anos. Os últimos que sobressaíram no setor foram Dedê (1997) e Felipe (2001), agora meia do Vasco.
O retoque final do quadro alvinegro foi pintado com a contratação de Ronaldinho Gaúcho. Embora não seja o mesmo dos tempos de Barcelona, quando foi considerado o melhor do mundo em duas oportunidades, o armador gera confiança no elenco e concentra a pressão da imprensa e das arquibancadas, fato que dá mais tranquilidade para os jogadores mais jovens atuarem.
Em comparação com o Cruz-maltino, o Atlético tem mais peças de reposição que o rival. Os volantes Pierre e Leandro Donizete também colaboram para conter os avanços pelo meio e Marcos Rocha é importante para criar as chances pelo lado direito.
Vasco
O time da Colina encontrou alívio para disputar o Brasileiro’2012 na última temporada. Depois que ganhou a Copa do Brasil, em 2011, o clube recuperou a confiança de um elenco questionado no Estadual do Rio e montou uma base que brigou pelo último campeonato nacional. Uma infelicidade do técnico Ricardo Gomes, afastado da profissão por causa de um derrame (AVC), promoveu mais união ao grupo, que participou da última Libertadores.
No lugar de Gomes, o auxiliar Cristóvão Borges assumiu a vaga, mas o apoio das arquibancadas não veio da mesma forma. Frequentemente, o treinador tem o cargo questionado pelo torcedor. Do time campeão da Copa do Brasil, o Vasco manteve nomes importantes como Fernando Prass, Dedé, Edér Luís e Alecsandro.
O conjunto vascaíno ganhou força com o retorno de Juninho Pernambucano, que voltou no ano passado e assinou um contrato de risco. Ele só passou a receber salários neste ano, quando renovou o seu vínculo. Dos pés de Juninho, o Cruz-maltino ameaça os adversários com as cobranças de faltas diretas e assistências. Com idade avançada, 37 anos, o meia pode ser substituído pelo veterano Felipe, que tem qualidade no drible e no passe.
A força defensiva da equipe carioca está no goleiro Fernando Prass e no zagueiro Dedé. Os dois coordenam o setor e se destacam pelas atuações seguras. Na parte ofensiva, a dupla Éder Luís, ex-Atlético, e Alecsandro, ex-Cruzeiro, funciona bem. O velocista é a válvula de escape pelo lado direito e o centroavante é oportunista em campo, sendo um dos artilheiros do Nacional com oito gols. Ele divide a ponta da artilheiro com Fred, do Fluminense.
Como ponto negativo, o Vasco vendeu o meia Diego Souza e o lateral Fagner antes do fim da janela de transferências. Com isso, o clube perdeu força no elenco e tem dificuldade em algumas peças de reposição. Na última partida, diante do Sport, o time carioca teve a volta de Tenório, que mostrou eficiência na frente.
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