Freguês de sempre (15/08) Estado de Minas

O Atlético parece ter virado mesmo freguês do Botafogo. Ontem, perdeu por 3 a 1, de virada, para o time da estrela solitária e se complicou logo na primeira fase da Copa Sul-Americana, última esperança palpável de título no ano do centenário atleticano – o time ainda tem um turno inteiro do Campeonato Brasileiro para disputar, mas os próprios jogadores sabem que será muito difícil alcançar os primeiros colocados.
A derrota de ontem, a terceira em quatro jogos no ano contra os cariocas, foi ainda mais dolorosa pela maneira como ocorreu. O Galo saiu na frente, com Marques, e empatava a partida até os 39min do segundo tempo, obtendo o que poderia ter sido um excelente resultado. Porém, em duas bobeadas, sofreu gols e agora precisará vencer por 2 a 0 ou por três ou mais gols de diferença no jogo de volta, dia 27, no Mineirão, para seguir na competição continental.
A tarefa não deverá ser fácil, não só porque o adversário está em melhor momento. O Galo não bate o time carioca desde 3 de outubro de 2001, quando fez 4 a 0, no Independência, pelo Brasileiro. Desde então, foram cinco empates e oito derrotas. No Rio, não vence o alvinegro desde 1999.
Mas antes do jogo de volta, o Atlético terá de concentrar as atenções novamente no Campeonato Brasileiro. A delegação continuará no Rio, onde domingo pega o Fluminense, no Maracanã, na abertura do returno do Nacional. Será a chance de o time se reabilitar de duas derrotas seguidas – também perdeu para o Grêmio, sábado, no Mineirão.
Ontem, o jogo começou aberto e os dois goleiros tiveram de trabalhar logo nos primeiros minutos. O atleticano Édson pegando chute de Carlos Alberto, e o botafoguense Castillo acompanhando conclusão de Petkovic passar perto do travessão. O Galo conseguiu sair na frente aos 16min, quando Petkovic recebeu na entrada da área e fez passe perfeito para Jael atrás da zaga. O atacante tocou de primeira e Marques, livre, só escorou para o gol.
O Botafogo respondeu dois minutos mais tarde, com Zé Carlos cobrando falta. Para sorte dos atleticanos, a bola bateu no travessão. O Atlético passou a cadenciar a partida e, mesmo sendo muito cedo, passou a tentar explorar os contra-ataques. Em um deles, aos 26min, Mariano cruzou na área para Marques, que só não marcou porque Renato Silva conseguiu cortar.
Apesar de ter jogador bem, o Atlético acabou cedendo o empate ainda no primeiro tempo. Aos 45min, Carlos Alberto cobrou falta da meia-lua e acertou o ângulo, sem chance para Édson.
Ritmo lento O Galo voltou mantendo a consciência da etapa inicial e quase marcou aos 10min. Petkovic fez boa jogada, mas tocou mal para Marques, que, assim, também não concluiu bem.
Como o empate com gols poderia ser bom resultado, a partir dos 15min o alvinegro mineiro diminuiu o ritmo. Já o Botafogo passou a pressionar, encurralando o adversário.
Logo depois de o Galo perder excelente chance com Raphael Aguiar e Jael, os donos da casa conseguiram virar o jogo, aos 39min: em falha da defesa atleticana, que tentou fazer a linha de impedimento, Eduardo recebeu livre na área e marcou. Já nos acréscimos, aos 47min, Carlos Alberto recebeu cruzamento, se livrou da marcação e fez o terceiro.