quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fora de seu estilo, Marcelo cobra do time no vestiário (21/08)

Treinador revela que não costuma cobrar dos jogadores após os jogos, mas atuação medíocre contra o Goiás exigiu uma nova postura

Sempre muito calmo, o técnico do Atlético, Marcelo Oliveira, não mudou sua postura para conceder entrevista coletiva após o empate por 1 a 1 com o Goiás, no Mineirão. Porém, no vestiário, ele garante que saiu fora de sua filosofia e cobrou muito dos jogadores do Galo.
“A cobrança foi feita por mim. Não tenho o hábito de falar muito depois do jogo. A gente sabe que o jogador está com a cabeça quente, nós também, mas diante da péssima atuação, do que fizemos em campo, acho que é o momento de dividirmos responsabilidades, de refletirmos diante do que cada um está fazendo. A gente não tem tempo hábil para treinar, mas é muito pouco diante do que possuímos”, disse.
Marcelo Oliveira já é o terceiro treinador do Atlético na temporada. Antes dele, Geninho e Alexandre Gallo fracassaram no comando da equipe. Ex-técnico dos juniores, Marcelo admite que já sabia das dificuldades que enfrentaria. “Sei que a estrada vai ser sempre difícil, mas estamos aí para cobrar muito. Já houve uma cobrança agora para mudar, para fazer um time pelo menos competitivo”, disse.
Contra o Goiás, O Atlético sofreu mas abriu o placar. Minutos depois levou o empate. “Impressionantemente, depois que levamos o gol, primeiro com uma falha de marcação e depois tirando o impedimento do jogador do Goiás, o time se desorganizou, se perdeu, abaixo de qualquer expectativa”, disse o treinador.
Na etapa final, Marcelo Oliveira observou uma melhora da equipe. Entretanto, faltou futebol para atacar com qualidade: “Melhoramos um pouco no segundo tempo, mas alguns jogadores sentiram muito, e isso é recorrente no Atlético, não é uma coisa nova. Alguns jogadores quando são vaiados se perdem. Modificamos na esperança de um time mais compacto, acho até que melhorou com a entrada do Tchô e do Gedeon, mas sem contundência de ataque, sem jogadas criativas e quando o Goiás saía no contra-ataque era sempre uma situação de perigo. Alguns jogadores sofreram muito para jogar. Enquanto o adversário tocava a bola, e gente tinha uma dificuldade imensa”.

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