Sem direito a tropeço (24/08)

“Vencer, vencer, vencer”. Jamais esse trecho da letra de seu hino foi tão necessária ao Atlético quanto no jogo de hoje, às 18h10, no Mineirão, contra o Atlético-PR. Sem saber o que é vitória há quatro partidas, vindo de uma atuação horrível contra o Goiás, diante da própria torcida, a equipe precisa voltar a triunfar, de preferência de forma convincente, para se afastar da zona de rebaixamento e ganhar um pouco de tranqüilidade para trabalhar visando ao resto da temporada.
Caso tropece novamente, a chance de entrar na área de degola é grande. E com isso, a crise vai se instalar definitivamente na Cidade do Galo.
Na quinta-feira, menos de 4 mil torcedores pagaram ingressos para ver o jogo diante do Goiás. Hoje, a previsão não é mais animadora, mas nem por isso o time se sente aliviado. Mesmo em pequeno número, a torcida não tem perdoado as falhas. E as vaias causam queda de rendimento dos atletas, como ficou claro na última partida.
Mesmo assim, eles esperam o apoio da arquibancada para superar o Furacão. “Claro que queremos que a torcida compareça e nos ajude a voltar a vencer. Sem ela fica ainda mais difícil sair dessa situação”, afirma o volante Serginho, que volta à equipe depois de cumprir suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Com isso, Yuri volta para o banco de reservas.
Ele garante não estar faltando empenho dos atletas. O problema é que os resultados não estão sendo obtidos, o que faz crescer a insatisfação e aumenta os questionamentos quanto à qualidade dos jogadores. “As cobranças são normais, ainda mais depois de uma atuação ruim, como a de quinta-feira. Pelo que jogamos, aquele empate teve gosto de derrota. Mas não podemos nos desesperar, temos de manter a cabeça erguida, pois só nós poderemos levar o Atlético à posição que ele merece”, afirma o volante, que não vê saída que não seja voltar a vencer o mais rapidamente possível. “Só vamos ter tranqüilidade quando conseguirmos uma boa seqüência de vitórias.”
Mesmo animado em voltar a ser titular, Serginho não acredita em partida fácil. Além disso, ele lembra que o Brasileiro é um campeonato muito equilibrado, em que todos os times têm qualidade. “O Atlético-PR também luta para subir na classificação e teremos de nos desdobrar”, prevê.
Além de Serginho na vaga de Yuri e de Lenílson no lugar de Petkovic, vetado ontem cedo (dor no quadril), o técnico Marcelo Oliveira promove outras alterações, insatisfeito com o desempenho contra o Goiás, principalmente da marcação. Ele criticou o que chamou de falta de contundência do ataque, exigindo mais consciência na finalização. “Temos de mudar a atitude em campo”, prega.
HOMENAGEM
Antes do jogo de hoje, o Atlético prestará homenagem ao que chama de “atletas de todos os tempos”. Artilheiros como Reinaldo, Dario, Mário de Castro, Guará, Marques, Guilherme e Renaldo; recordistas de jogos com a camisa alvinegra, como João Leite, Vanderlei e Luisinho; e treinadores como Telê Santana (in memorian), Procópio Cardoso e Barbatana receberão diploma e medalha comemorativa ao centenário.