'Galo 2014' se mostra mais seguro na defesa e menos eficiente no ataque
No mesmo período de jogos de 2013, time marcou 26 gols a mais que este ano
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:
15/04/2014 08:00
Atualização:
14/04/2014 16:47
Os números mostram: o Atlético treinado por Paulo Autuori tem uma defesa mais sólida e um ataque menos eficiente que em 2013, quando era comandado por Cuca.
Passados 21 jogos este ano, o Galo balançou as redes 33 vezes, média de 1,5 gol por partidas. O time sofreu 15 gols, média de 0,7. Em 10 jogos, a equipe não sofreu gol. Por outro lado, em seis compromissos o ataque não funcionou.
Na temporada passada, com o mesmo número de partidas e também disputando o Campeonato Mineiro e Copa Libertadores, o Atlético marcou 59 gols, média de 2,8 gols. A defesa levou 23 (1,1 por jogo). Em quatro partidas, o time não teve a meta superada. Apenas uma vez, não marcou gol.
21 primeiros jogos em 2013
21 primeiros jogos em 2014
59 gols marcados - média 2,8
33 gols marcados - média 1,5
23 gols sofridos - média 1,1
15 gols sofridos - média 0,7
Em quatro jogos não sofreu gol
Em 10 jogos não sofreu gol
Em um jogo não marcou
Em seis jogos não marcou
A baixa produtividade do ataque foi um dos fatores decisivos para a perda do Campeonato Mineiro para Cruzeiro. Precisando vencer para ficar com o título, o Galo não evitou o empate sem gols nos dois clássicos, resultados que beneficiaram o arquirrival, dono de melhor campanha na fase de classificação.
Na finalíssima, no Mineirão, o Alvinegro praticamente não incomodou o goleiro Fábio. No fim do jogo, o time reclamou a marcação de impedimento em um lance em que Jô foi derrubado na área por Dedé, lance que poderia ter mudado o destino da taça.
O técnico Paulo Autuori minimiza o rendimento ofensivo da equipe. Ele inclusive destaca o Atlético com características necessárias para disputar os mata-matas da Copa Libertadores: uma defesa segura e um ataque qualificado, que, segundo ele, vai reencontrar o caminho dos gols:
“Eu não posso dizer quando (o ataque vai melhorar). Se tivesse esse poder, já diria. Mas é uma equipe que está dentro daquilo que pode realizar em uma competição que vira eliminatória, como agora é a Libertadores. Defensivamente, a equipe te dá mais garantias, e isso te dá mais garantias de não ter derrotas fora de casa, para não ter que reverter radicalmente em casa. Se tivéssemos jogadores sem qualidade na frente, poderíamos estar preocupados. Mas não é o caso. Eles vão render”, ressalta Autuori.