terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ardizoni dispara (16/09)

Dirigente garantiu que chegou a alertar Ziza em relação ao ano do centenário


Presidente do Conselho Deliberativo critica forma de Ziza Valadares dirigir o clube e fala em traição


Em meio a uma crise que parece interminável, com cinco goleadas acumuladas e a derrota para o então lanterna do Campeonato Brasileiro, Ipatinga, na última rodada, justamente no ano do centenário, os bastidores do Atlético estão agitados. O presidente do Conselho Deliberativo, João Baptista Ardizoni, não poupou críticas ao atual presidente do clube, Ziza Valadares. “Não concordo com a forma de o Ziza se manifestar sobre a dívida do clube. Ir para a televisão e dizer que o clube está devendo, não concordo”, começou. Para ele, o principal pecado de Ziza foi deixar que Emerson Leão, então treinador do time, saísse no final de 2007: “Ninguém queria o Geninho”.“Todo mundo falou com ele (Ziza) para não contratar o Geninho. Terminamos 2007 com um time quase todo formado na base e com o Leão. E o mais grave foi ele não ter renovado com o Leão. Não é verdade que o Leão queria R$ 900 mil. Ele acertaria por R$ 400 mi, o que também acho caro. Mas, com um time barato, poderia renovar. Mas ele não queria o Leão e pronto, não renovou. O Geninho chegou e acabou com tudo o que o Leão tinha feito e estamos assim, como estamos hoje”, reclamou, se dizendo traído pelo cartola. “O Ziza autorizou a mim e ao Roberto (Vasconcellos, vice-presidente) para acertarmos com o Leão. Autorizou o Beto (Arantes, ex-diretor de futebol) também. Mas, quando viramos as costas, ele disse ao Hissa para fechar com o Gallo. Eles o contrataram e colocaram uma multa rescisória de R$ 600 mil no contrato. Nós ficamos revoltados com isso, o Roberto queria ir para cima dele.” Questionado se teria sido como uma apunhalada, foi direto: “Tanto que o Beto saiu”.Ardizoni adiantou que vai convocar o Conselho, para a votação de um novo estatuto do clube. “Vamos votar a aprovação do novo estatuto. Espero que, com isso, acabe esse presidencialismo selvagem. O presidente, atualmente, contrata e vende sozinho. Tenho certeza que o Marcelo (Oliveira, técnico) não quis o Calisto, o Nen, o Francis, entre outros. A responsabilidade é dele (Ziza). Sei que o Alexandre Faria é um profissional do futebol, mas o Hissa, nem sei o que faz lá. Estamos tentando acabar com isso, pois já pagamos muito caro por essas coisas.”RelaçãoQuestionado sobre um suposto racha entre o presidente do Conselho e o presidente do clube, deixou claro: “Me dou cordialmente com o Ziza, mas tudo tem limite. Não aderi ao Ziza, como disseram, mas não gosto de escândalo”. Em relação a parcerias com clubes do interior, firmadas pela atual administração, disse que existe algo “nebuloso” no ar. “Quando as comissões de patrimônio começaram a mexer, as parcerias acabaram. Estava tudo muito estranho.” Sobre o centenário, “foi uma infelicidade geral. Disse que eles estavam programando 50 eventos, uma festa por semana, mas festa é a torcida cantando o hino e gritando Galo. Eles falaram que era bobagem e deu no que deu.”

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