terça-feira, 30 de setembro de 2008

Kalil se diz candidato da união (30/09)

As eleições para presidente do Atlético só serão marcadas depois da reunião do Conselho Deliberativo, quinta-feira, mas a campanha já começou. Ontem, Alexandre Kalil lançou oficialmente sua candidatura à sucessão de Ziza Valadares, que renunciou ao cargo há 12 dias. Também devem concorrer: Sérgio Bias Fortes e Itamar Vasconcelos.
Filho do ex-presidente Elias Kalil, que comandou o Galo entre 1980 e 1985, o administrador de empresas sempre foi ligado ao clube, sendo diretor de vôlei na década de 1980 e presidente do Conselho Deliberativo na virada do século. Foi responsável, ainda, pelo futebol em parte das administrações Nélio Brant e Ricardo Guimarães.
“Minha candidatura é de união, pois tenho o apoio dos líderes das principais correntes políticas, como os ex-presidentes Ricardo Guimarães e Nélio Brant, e também de conselheiros, como Edison Simão e Marcelo Patrus. Além disso, os associados da Vila Olímpica e Labareda também me apóiam, sem contar o apelo popular”, disse.
“Pessoas importantes do meu ciclo falaram que era a minha hora, que eu não podia me acovardar. Não escondo que sempre sonhei em ser presidente do Atlético. Em momento de raiva, eu mandei me matarem, me enterrarem. Fiz isso porque sou um cara indignado. Posso estar mais velho, mas continuo indignado. Não gosto de perder. Eu não vou para o vestiário depois de tomar de seis e sair rindo”, acrescentou.
De personalidade forte, ele cobrou do presidente do Conselho Deliberativo, João Baptista Ardizoni, a marcação das eleições. E criticou a convocação de reunião para votar novo estatuto. Para ele, para isso acontecer, teria de ser convocada assembléia geral: “Pretendemos dar um choque no Atlético. Não podemos prometer que vamos contratar craques, como Riquelme, Maradona, mas qualquer saneamento do clube passa pelo futebol. Meu pai costumava dizer que o Atlético é um trem e o futebol é a locomotiva. Com a locomotiva indo bem, ganhando velocidade, você consegue agregar mais coisas”.
PARCERIAS COM CRITÉRIO
Ele se diz aberto a parcerias, mas garante que tudo será feito com muito critério, sem entregar as revelações atleticanas aos empresários. “O Atlético está endividado, mas outros clubes também estão e conseguem montar bons times. E, afinal, os credores não estão pondo a faca no nosso pescoço.”
Ele defendeu também que os que contribuírem financeiramente com o clube tenham direito a voto, como desejam algumas torcidas organizadas e movimentos. Porém, garante que não vai fornecer ingressos para integrantes dessas facções. (PG)

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