segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Diretor defende parcerias (29/09)

Paulo Galvão - Estado de Minas

As parcerias do Atlético com Democrata-GV e CRB-AL foram firmadas de forma legal e executadas obedecendo à lei. Quem garante isso é uma pessoa que acompanhou de perto todo o processo, inclusive o pagamento das parcelas estabelecidas, Franklin Delano Roosevelt Corrêa, diretor administrativo do Galo e coordenador dos convênios.
Na quinta-feira, o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Estadual, afirmou ter encontrado indícios de irregularidades nos contratos,implantados na administração Ziza Valadares, que renunciou há 11 dias. O diretor atleticano, porém, é categórico ao afirmar que não há nada errado.
Segundo ele, no caso da parceria com o Democrata houve um ajuste para que o dinheiro do clube da capital chegasse a seu destino. “O Democrata estava com as contas penhoradas e se remetêssemos os valores para eles, certamente seriam bloqueados para pagar dívidas. Então, eu e o chefe da tesouraria do Atlético, Jairo, íamos pessoalmente levar o dinheiro, pegávamos o recibo do Democrata e efetuávamos os pagamentos de salários. Estávamos evitando prejuízo ao Atlético e garantindo que não houvesse desvio”, afirmou Roosevelt.
Ele explicou, ainda, que foram feitos termos aditivos aos contratos em virtude do aumento do número de jogadores que foram emprestados aos parceiros. Ele lembra que a Pantera, por exemplo, chegou a ter mais de 15 atletas do Galo, o que fez as despesas aumentarem.
Pelos documentos que o Estado de Minas teve acesso, o contrato com o Democrata-GV, assinado em 19 de dezembro de 2006, previa investimento de R$ 240 mil do alvinegro da capital, mas com o parceiro do interior se responsabilizando pelo pagamento dos salários. Já no primeiro termo aditivo, de 1º de março de 2007, o valor saltou para R$ 324 mil, indo a R$ 1,02 milhão no segundo termo aditivo, firmado três meses depois. Já na terceira vez em que ajustaram o contrato, em 16 de agosto do ano passado, o Galo se comprometeu a pagar R$ 1,19 milhão ao time do Leste mineiro.
Já no contrato com o time alagoano, firmado em 10 de abril de 2007, o Galo ficou responsável por pagar os salários dos atletas cedidos até o limite de R$ 60 mil mensais, cabendo ao parceiro financiar outros custos, além de pagar R$ 3 mil mensalmente ao técnico. A esse documento também foram feitos termos aditivos, permitindo majoração dos valores, como estabelecido em 30 de novembro de 2007: “Excepcionalmente, a exclusivo critério do Atlético, o referido valor poderá chegar a R$ 65 mil nos meses de outubro e novembro”. O segundo aditamento, de 26 de dezembro de 2007, prevê ainda que, “no mês de janeiro de 2008, será devida pelo Atlético ao CRB uma parcela extraordinária no importe de R$ 27 mil”, mas foi suprimido o pagamento de salário a treinador.
“Todos os contratos foram feitos pelo Departamento Jurídico do Atlético, assim como os termos aditivos. Está tudo legal, não há nenhuma irregularidade”, afirmou Roosevelt.
ELEIÇÕES
Desde a renúncia de Ziza Valadares o clube vem sendo administrado pelo presidente do Conselho Deliberativo, João Baptista Ardizoni, e por um grupo de conselheiros. Hoje, eles pretendem acabar com uma das maiores preocupações dos atleticanos, o pagamento dos salários de agosto.
Depois da reunião extraordinária convocada para quinta-feira, para a votação do novo estatuto, eleições serão marcadas. Hoje, o ex-presidente do Conselho Deliberativo Alexandre Kalil concede entrevista coletiva, quando deverá lançar sua candidatura. Outros que pleiteiam a presidência do Galo são Itamar Vasconcelos e Sérgio Bias Fortes.

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